Acredito que praticamente todos vocês sabem que a arte é parte integrante da minha vida, que sem ela, nada faz sentido para mim. Já atuei - e voltei a fazer isso com os vídeos desse blog. Pinto com acrílica, aquarela e pastel. Tenho a fotografia como um meio de expressão artística, participei de duas exposições e também vendo algumas fotos de vez em quando. Todos os meus trabalhos acadêmicos foram sobre arte - na graduação o tema da minha monografia foi " A arte naïf e seu contexto na arte popular" e na pós, "Releitura das artes plásticas e a arte fotográfica: Kasimir Malevich - Piet Mondrian - Arthur Amora - Lygia Pape". E trabalhei num museu de arte popular nos meus tempos de estagiária.
Cheguei a fazer um curso de gravura na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, mas não me adaptei à técnica. Nesse curso, eu aprendi a gravar imagens no metal utilizando uma foto, para depois fazer gravuras. Foi ótimo, saí da minha zona de conforto e aprendi pra caramba. Mas como não me adaptei, descobri que sou mais fã dos pincéis, não segui adiante. Porém, isso não quer dizer que eu não me encante com essa técnica. O mesmo serve para a xilogravura (que tem a madeira como base) e a litogravura (que usa a pedra). Amo, amo. Sobretudo aquelas que seguem a linguagem popular, que ilustram as capas da literatura de cordel.
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Alto do Moura, Caruaru - Pernambuco. Agosto/2013. |
Não foi à toa que em agosto de 2013, eu e uma amiga, também museóloga, resolvemos aproveitar as férias e visitar Caruaru, cidade do interior de Pernambuco, onde tem um bairro chamado Alto do Moura, que é considerado pela Unesco o maior centro de arte figurativa da América Latina. Só que nos demos conta de que Caruaru não pedia mais que 2 dias de viagem, e precisávamos aproveitar a passagem - então resolvemos explorar o agreste pernambucano. E foi sensacional! Em Bezerros - PE, conhecemos o ateliê de J. Borges, pude ver de perto todo o processo de produção, e ainda tirei foto com esse artista que é a coisa mais fofa do mundo!
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J. Borges em seu ateliê. Bezerros - Pernambuco. Agosto/ 2013. |
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Bezerros - Pernambuco. Agosto/ 2013. |
Depois dessa experiência toda, não teve como eu não voltar para casa amando ainda mais a arte popular. Aí vem a Ana e o Leo, do blog A Casa que a minha Vó queria, e colocam esse móvel à venda na Casa de Criação A Vó Queria, que é a loja deles:
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Imagem: Casa de Criação A Vó Queria |
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Imagem: Casa de Criação A Vó Queria |
GENTE, como não amar? E eu achei o preço bem amigo, ainda mais para um móvel que tem arte estampada, e ainda por cima, assinada. Quisera eu ter espaço para acolhê-lo aqui em casa! Mimimi, eu não tenho espaço! Mas para quem tem, o móvel está disponível aqui.
Não, este não é um publieditorial. Estou escrevendo de empolgação mesmo! Porque eu amei esse móvel, e ele me remete a tantas lembranças boas, que eu precisava compartilhar isso com vocês. Afinal, eu sempre defendo que devemos decorar a nossa casa com amor: com elementos que sejam agradáveis ao nosso olhar, que dialoguem com as coisas que gostamos, ou ainda, que nos tragam lembranças gostosas.
Mais alguém aqui é fã de arte popular ou de xilogravura? Vocês teriam esse móvel ou mesmo, uma xilo na parede? Eu queria ter espaço para esse móvel, mas já que não tenho, me contento com as xilos que trouxe de Bezerros emolduradas.