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31 de janeiro de 2013

Projetinhos de 5 minutos: os milagres do contact

Eu comecei a colocar a mão na massa antes de me mudar. Eram projetos simples, mas que fizeram grande diferença no meu quarto, ainda na casa da minha mãe. Na época, eu, que ainda não tinha um blog, publiquei algumas coisas no meu mural, no facebook.
Mas refletindo, achei que devia mostrar para vocês esses projetinhos. Porque são simples, qualquer um pode fazer e os custos muitas vezes não chegaram a 5 reais.

Hoje mostrarei 2 coisinhas que fiz com o contact. Eles são muito versáteis, não?


Projeto 1: luminária

Eu gosto muito de ler. Embora eu leia em qualquer lugar, seja em pé no metrô, na rede da varanda, no sofá da sala de espera do médico; é inevitável ler algumas paginazinhas antes de dormir. Por isso precisava de uma luminária mais potente e não daquela luzinha aconchegante do abajur. Daí, na hora de comprar uma, não tive como fugir da cara de escritório. Pensei em pintar, mas achei que não resolveria meu problema, continuaria com cara de home office no mínimo.
A solução? Contact preto+ furador de papel!



Projeto 2: latinhas

No meu último ano na casa da minha mãe, comecei a pintar telas, e consequentemente, a comprar tubinhos e mais tubinhos de tinta que estavam começando a ficar espalhados. Duas latinhas de biscoito + contact estampado que me apaixonei, porque me remeteu ao século XIX. Pronto, as tintas foram salvas da zona e ainda decorei a minha mesinha-ateliê de então.



Esses projetinhos são rápidos. Daqueles que eliminam qualquer desculpa, porque você pode fazer mesmo quando está com sono. E não são projetos meramente decorativos. Eles embelezam um objeto funcional.
Essas peças aí são tão, mas tão funcionais, que continuam comigo, agora no endereço novo. Abro mão, não.

E você? Disposto a "perder" 5 minutinhos do seu tempo?

27 de janeiro de 2013

Banheiro personalizado

Pelo que eu observei ao longo da vida, e também, em revistas, geralmente o banheiro não recebe tanta atenção na hora de decorar. Geralmente as pessoas se contentam com um armário planejado (branco ou na cor de madeira, dependendo da época), o azulejo da moda, e só.
Aqui em casa o banheiro não tinha cor nenhuma. Bem, para não dizer nenhuma, o que dava a cor eram as toalhas - quando estas eram coloridas.
Mas os finais de semana servem para mudar cenários. E o banheiro foi a peça da vez.


Esse é o resultado final. Impossível ir ao banheiro, lavar a mão, fazer pipi, tomar banho e não ficar admirando o projeto. Ficou com a minha carinha!


O antes:


Ele era assim. Arrumadinho, bonitinho, conservadinho. Mas era branco e tradicional. Muito nada a ver para quem sonha em ter uma penteadeira de bancada.
Queria mudar, mas fiquei esses meses todos me perguntando como. Já tinha feito os azulejos na cozinha, não queria repeti-los no banheiro. Até que me lembrei que há algum tempo, a Rafaela Fajardo, do Casa Montada, postou o banheiro reformado por ela, o "Banheiro para Damas".
Apesar de termos tido ideias bem diferentes, a postagem da Rafa me deu ânimo e inspiração.






Esses eram os puxadores originais. Me incomodavam, acho-os frios.


Como o móvel é da Todeschini, ele tinha 2 adesivos desse - um na porta e outro nas gavetas. Arranquei-os.




Agora que vocês já viram o antes, vamos ao durante?

Material:
- Contact liso lilás
- Contact lilás de poás brancos
- 2 puxadores coloniais para as portas
- 4 puxadores coloniais para as gavetas
- Esponja úmida com sabão
- Estilete
- Lixa
- Trena


O primeiro passo, obviamente é tirar os puxadores. Com o contact já medido e cortado com alguma sobra para todos os lados, passei a esponja com o sabão no móvel. É uma técnica que aprendi com a Ana Medeiros, da Casa que a Minha Vó Queria e que funciona muito. Evita que as bolhas se formem e você ainda consegue dar uma ajeitadinha sem fazer estragos. Se você estiver se perguntando se não escorrega, se fica saindo, não se preocupe, que a resposta é não! E depois que seca, cola mesmo.
Mas se você é daqueles que só acreditam vendo, aí vai uma foto para tranquilizar seu coração.


O próximo passo é colar o contact. Apesar da técnica do sabão funcionar horrores, eu recomendo usar a espátula também. Ela garante um trabalho mais bem acabado, sobretudo nas áreas maiores, como a porta e a lateral do móvel. Nas gavetas, não há tanta necessidade, mas eu usei.

Na hora de cortar, eu não usei estilete, porque a chance de eu fazer uma lambança e cortar tudo torto era grande. Preferi dobrar onde deveria ser cortado e lixar a dobra com lixa fina n°180. Daí é só puxar o resto, sem medo de ficar torto. Pena que não tenho foto dessa etapa para mostrar melhor como funciona essa técnica da lixa. Mas se não tiver ficado claro para você, pode me perguntar à vontade.

Contact colado, lixado, ops, cortado. É hora de partir para os puxadores. Coloniais!










O armário estava pronto! Mas a pessoa aqui não quis parar por aqui. Queria que o banheiro também tivesse a arte presente. Postais publicitários + porta retratos de loja de 1,99 = quadrinhos. Banheiros também merecem enfeites na parede, concorda? Coloquei-os em cima da toalha de rosto.





O primeiro à esquerda, ainda não foi para parede, porque acabou a minha fita banana. É uma foto de Flávio Damm, um fotógrafo que tem livros publicados. Ele me deu uma aula na pós graduação, por isso, quando eu vi esse postal, achei que tinha que pegá-lo. É propaganda de uma exposição dele que teve na Caixa Cultural, se não me engano. O primeiro à direita, Aluísio Carvão, o mestre das cores da arte contemporânea brasileira. O de baixo à esquerda, é um monte de nomes de cineastas. Mas o que me chama a atenção sempre que bato o olho ali é o de Jan Renoir. E o de baixo à direita, temos os nomes de Fiódor Dostoiévski e Oswaldo Goeldi.
Resumindo: na parede tem referência à fotografia, ao cinema, à literatura e às artes plásticas.

Fixa forte:

Aquela fita verde neon não funcionou muito no banheiro, acredito que seja por causa do vapor do chuveiro. O quadrinho fica uns 2 meses e cai. Mas como eu tenho 2 azulejos decorados que trouxe do Chile, e pendurei com aqueles ganchos adesivos, e eles estão aqui desde que me mudei e  nunca caíram, achei que devia fazer outra tentativa.
Observei que o Bom Ar Click Spray fixava muito bem  no azulejo com uma fita que parecia o fixa forte de espuma. Foi esse que usei desta vez e ainda não posso dar um retorno se funcionou. Por enquanto os quadrinhos estão na parede.
Por ora, foi só isso que eu fiz. Mas nada me impede de daqui a algum tempo entrar na onda da Vivi, do Decorviva e colocar cobogós no blindex.
Agora posso dizer que todos os cômodos da casa já receberam um dedo meu! Imaginem a minha carinha de menina feliz!



20 de janeiro de 2013

Parede do cantinho de leitura

Como devoradora de livros que sou, uma das coisas que mais fazia questão de ter aqui em casa era um cantinho de leitura. Isso foi possível quando diminuí o rack e liberei uma parede para uma poltrona e uma luminária de pé (que ainda hei de ter). Uma poltroninha com cara de cadeira - ou seria uma cadeira com cara de poltrona? - no lugar, uma mesinha com abajur, eu já podia dizer que tinha um cantinho de leitura.
Confesso que minha casa tomou forma muito rápido. No primeiro momento, tive pressa de decorar, modificar algumas coisas, porque precisava me identificar, me sentir em casa. Modificar o rack, pintar as paredes e comprar móveis essenciais (o sofá e a mesa de jantar) foram as primeiras preocupações. Depois disso, eu sabia que essa casa já tinha a minha cara, que ela era meu refúgio. A partir daí, a calma passou a ser o lema. E com essa calma, o cantinho de leitura ficou com uma parede branca do tédio até ontem.



Por ser um cantinho de leitura, é um cantinho de aquisição de conhecimentos, né? Então, eu queria que ele tivesse um ar mais cult, mas retrô. Com referências à literatura e ao cinema.




1- O vermelhinho no topo é um dos pôsters que estavam à venda na Casa de Pablo Neruda, em Ilha Negra, que eu trouxe da viagem que fiz ao Chile, em agosto do ano passado. A moldura é da Tok Stok.

2- O Mágico de Oz e Amélie Poulain são dois filmes que moram no meu coração. Adoro filmes que mostram coisas que realmente valem a pena - o amor pela família e por quem cruza seu caminho, acreditar no seu potencial, e claro valorizar os pequenos prazeres, tipo enviar a mão num saco de grãos. Ambos os filmes me passam a mensagem de que a vida e bela e devo aproveitá-la ao máximo. Nada como tê-los na parede para me lembrar desse recadinho! A Amélie, como eu queria que os escritos estivessem no idioma original, o francês, eu peguei a imagem na internet e mandei imprimir em papel couché. Já O Mágico de Oz,  xeroquei o meu dvd em papel couché também. As molduras são tamanho 30 X 40, e comprei na madeira crua, no Saara. Pintei com uma tinta acrílica que tinha dando sopa aqui em casa e deu certo.

3- Jogo americano com os anos 50 estampado. Minha mãe viu vendendo na Tok Stok, achou que tinha a minha cara (e como tinha!) e comprou para mim, algum tempo atrás. Mas e eu achava moldura pro dito cujo? Estava à procura, até que um dia, pesquisando nessa blogsfera, achei uma postagem da Renata, que escreve o Mulher Vitrola, em que ela mostrava uma moldura que ela tinha feito com papelão e tecido. Mandei um e-mail para ela perguntando como tinha feito, se tinha algum passo-a-passo. Solícita, como só ela, me respondeu com um link para um vídeo do programa Mais Você. O tutorial é de moldura para espelho, mas nada que não possamos adaptar. Cheguei a comprar o tecido, mas na última hora, resolvi usar contact e deu certo. Está a coisa mais bem feita do mundo? Não, não está. Eu vejo pequenos defeitos, mas no conjunto, acho que deu um visual legal e não chama tanta atenção assim.

De perto:



Como atrás dessa parede fica o tanque, eu fiquei com medo de furar. Usei velcros para quadros da 3M - Command, conhece? São caros, mas acho que valeu muito a pena evitar uma possível dor de cabeça se furasse algum cano.

Ainda tenho paredes brancas clamando por socorro, mas como eu disse lá em cima: um passo de cada vez!


16 de janeiro de 2013

Noivado dos Gabis

A Gabriela e o Gabriel resolveram trocar as alianças da mão direita.

No finalzinho do ano passado, Gabi me disse que os dois pretendiam fazer um churrasco para comemorar o noivado. E a pessoa aqui, sem ter muita noção do que viria pela frente, fez a seguinte pergunta: "Posso cuidar da decoração?" "Pode, mas a verba será curta!" Hum... que belo desafio!

Quanto custou?

Depois, a Gabi me mandou um e-mail dizendo que tínhamos cerca de 400 reais para tudo. E nesse tudo incluía os descartáveis - pratos, talheres, guardanapos e copos. Como era um churrasco, quisemos comprar descartáveis de melhor qualidade, para evitar quebra-quebra, e consequentemente, desperdício. Em função disso, no primeiro dia, compramos apenas os descartáveis e gastamos quase 120 reais.
Pouco antes do noivado, a noiva foi passar férias no Paraná, e como ela precisava de um pouco da verba para comprar flores na Cadeg na véspera da festa, passou para mim 180 reais. Mas ainda faltavam os pratos de sobremesa e os guardanapos, que saíram em torno de 50 paus. Sobrou 130. E seria com esse dinheiro que eu teria que me virar.

Pouca verba, pouco tempo. Me dei conta de que não daria conta disso tudo sozinha. Precisava de ajuda. Mas não uma ajuda só para colocar a mão na massa, mas para pensar também. Sorte minha, eu tinha a pessoa certa para dividir o projeto comigo, minha amiga Sanelly, ou Sany. Sinceramente, não sei o que teria sido de mim se não tivesse tido a Sany nessa empreitada.

Antes de mostrar as fotos do noivado, preciso apresentar a vocês a Sany, porque afinal o trabalho é dela também! Ela é a mãe da Penélope, a dona do quarto de criança estiloso, lembra? E é também a confeiteira que fez o bolo lindo que eu dei para os noivos de presente.



Sany devidamente apresentada, vamos às fotos do resultado do nosso trabalho:




Vista geral do ambiente. À esquerda fica a churrasqueira. Reparou nos passarinhos? Eles "voavam" cada vez que ventava. 


Mesas e cadeiras:





A princípio, nós não íamos cobrir as mesas, porque essas de madeira, originais do espaço, são lindas. E não há necessidade cobrir uma lindeza, certo? Mas na última hora, Gabi me mandou um e-mail dizendo que as mesas de madeira eram insuficientes e que ela tinha alugado 4 dessas brancas. Isso resultou numa corrida ao Saara e à operação: tecido baratinho + viés + cola para tecido = toalha nova!
Reparou nos arranjos? São garrafas de vinho e azeite.


 O tema:

Tanto a Gabriela como o Gabriel tem uma calopsita. Foi a partir daí que tivemos a ideia de usar os passarinhos como tema da festa. Esses foram feitos com feltro, acrilon e cola quente. 



 Com o mesmo feltro que fizemos os passarinhos, fizemos um coração para ficar no meio das aves.


A Bancada da churrasqueira:


Pratos, talheres, copos, guardanapos. Reparou que os porta guardanapos são latas de leite forradas com contact? Usei um rosa de poás que tinha dando sopa aqui em casa. As latinhas eram do leite da Penélope. 


Cestinha com talheres. Com viés e botão, fizemos esses rolinhos e juntamos uma faca, um garfo e uma colher de sobremesa. Deu um toque de elegância e evitou que os convidados jogassem os talheres fora desnecessariamente a cada vez que repetissem o prato. Ah, e sim... esses talheres eram de plástico. De inox, só a cara mesmo.


Arranjo feito pela noiva. Ficou uma gracinha, né?


A cestinha de piquenique da Sany, com essas florezinhas e os passarinhos tiveram a função de dar mais um toque de romantismo ao ambiente.


 Isso foi feito pela Gabi. Uma grande ideia para quem tem preocupação ecológica. Não só estimula a pessoa a procurar seu copo quando quiser repetir a bebida, bem como a passar uma água, se quiser beber outra coisa. Economia e lixo de menos é com a gente!


 Mural de fotos:



 Nós tínhamos um problema chatinho. O prédio onde aconteceu esse churrasco é novo. E o banheiro da churrasqueira não ficou pronto a tempo. Então, tínhamos um tapume horroroso e enorme, e não tínhamos como cobri-lo todo. Como eu já queria fazer um muralzinho de fotos, Sany deu a ideia de colocarmos papel de presente ali e fazermos um fundo para o mural. Foi um pedaço pequeno, mas o suficiente para tirar a atenção do tapume e focar no mural. Embora não fosse a maneira mais bem acabada, prendi com fita crepe, de forma que ficasse fácil de tirar depois, sem danificar nada. Não podíamos criar problema com o condomínio, né? As fotos foram presas com prendedor de roupa de madeira forrado com o mesmo contact rosa de bolinhas usado nas latinhas lá em cima , e dupla face.

A mesa do bolo:



A mesa do bolo foi pequena e simples. Como não tinha uma mesa para o dito cujo, peguei uma tábua que eu tenho aqui em casa, e a Sany, generosamente, cedeu os cavaletes dela. Não dá para ver na foto, mas essa toalha também tem o viés amarelo usado nas mesas brancas, e foi feita com a mesma equação: tecido baratinho + viés + cola para tecido.  As garrafinhas da frente, que seguram os passarinhos são de cerveja.


O bolo da Sany. Não estava lindo? Estava bem gostoso também! Era de chocolate com recheio de brigadeiro branco. Se você quiser conhecer mais sobre o trabalho da Sany, ver outras fotos, ou mesmo fazer uma encomenda (super recomendo!), veja o álbum dela no facebook, aqui.



Agradecimento:


Como esse noivado foi todo feito à mão, a noiva achou que tinha que fazer algo de próprio punho também e fez esse agradecimento. Não ficou um amor?



Gabriela e Gabriel. 



Acho que eles estavam tão felizes que me pegaram no colo!  Mentira, foi porque eu reclamei que a Gabi, que já é alta, estava de salto e eu estava de rasteirinha, rs.

Gabi, obrigada por ter confiado em mim e deixado a gente cuidar da decoração da festa! Significou muito para mim! Aproveito para deixar registrado aqui o quanto desejo que vocês sejam muito felizes! Vocês formam um casal tão lindo!

Sany, amei a nossa parceria! Obrigada por mergulhar comigo nessa loucura!


Confesso para vocês: morri. Fiquei exausta, com uma olheira que ia até a metade da minha cara. Mas aprendi muito. Nunca tinha feito uma festa, nunca tinha feito uma toalha. Aprendi a pensar rápido e a arrumar soluções para problemas num curto espaço de tempo. Reforcei a ideia de que o belo não depende de dinheiro, mas de criatividade, exercício e ausência de medo de colocar a mão na massa. 
Gostei de ter feito o que fiz e faria tudo de novo. Fazer tudo à mão é cansativo, mas é prazeroso. E ver os noivos felizes com o resultado final não teve preço. Voltei para casa tão feliz, com o coração sorrindo. E eternamente grata pela oportunidade!


Projeto: Juliana Amado e Sanelly Côrtes
Design e confecção do bolo: Sanelly Côrtes
Fotos e administração financeira: Juliana Amado

9 de janeiro de 2013

A casa dos vinte - ou não.

Eu tenho vinte e seis anos.

Idade dita, agora vem o "desabafo". Tenho recebido vários elogios pela minha casa, justiça seja feita. Mas tem um detalhe que não desce direito. "Sua casa está muito bonita, colorida, com reaproveitamento. Uma casa de quem tem vinte e poucos anos." Oi? Como assim? Quer dizer que quando eu chegar aos 40, 50, 60, terei que me tornar uma pessoa nude, desprovida de qualquer consciência ecológica e de criatividade? Que me desculpem os que acreditam nisso, mas não me convence! Posso até mudar o gosto, e com certeza mudarei, mas passar a ter o bege como referência, não! Deixar de exercitar a criatividade também não!
Sabe por que? Porque acredito muito mais na questão do estilo e das referências que da idade. Eu sou uma pessoa das artes. Amo livro, teatro, fotografia, pintura, cinema, artesanato... ou seja, ficar no lugar comum não combina comigo. Prefiro arriscar, me jogar nas cores, e se não der certo, tentar de novo.
Mas se eu ficar só no bla-bla-blá podem me chamar de teimosa e dizer que quando os anos passarem eu verei. Verei não. Veremos. Agora.

Sou leitora assídua da revista Minha Casa, todo mês defendo meu exemplar. Daí me lembrei de uma casa que me chamou muito a atenção, alguns meses atrás. Fui para o site da revista catar as fotos e não é que consegui? Não sei quantos anos tem a Valentina, a dona da casa, mas ela tem uma filha com 25 anos. Isso basta, não?

Na revista diz que Valentina se inspirou na artista mexicana Frida Kahlo para decorar o apartamento. Na minha sala, eu me inspirei no holandês Piet Mondrian e suas cores primárias. 
Olhe para a mesa lateral azul. Não é linda?


Um buffet que deve ter sido repaginado recebeu um amarelão e espelhos. Percebe aí o tal do desvio de função? O buffet faz o papel do rack e a cadeira, de revisteiro.
E esta parede cinza fazendo contraste com o amarelo, preciso comentar?


Parede recheada: tem prato, tem bandeja, tem quadrinho, tem apenas moldura. Tem quadrado, tem retângulo, tem círculo, tem oval. Tem grande, tem pequeno. Isso é ou não é sair do lugar comum?


Esta cama estilo chippendale que fica no quarto da filha, Catarina, Valentina achou no lixo e pintou a moldura e os pés. Vai me dizer agora que reaproveitamento é ideia de quem tem vinte e poucos anos? 


O que falar dessa parede? Muito original! E fez uma composição perfeita com os móveis antigos. Aquela velha história de que o modernoso junto com o clássico traz harmonia ao ambiente. E vamos combinar que fica mega estiloso! Quero essa parede para mim! Posso arrancar e trazer para a Casa de Amados?

Imagens: Minha Casa

A Valentina merece ir para o céu por ter feito uma coisa que quase ninguém teria coragem de fazer: não colocar mobiliário planejado no banheiro. Olha isso, gente! Desvio de função de novo: criado mudo, cofre, quadrinhos estilo século XIX, espelhos micros com moldura rococó.  Tudo bem que os quadrinhos continuam sendo quadrinhos, mas creio que dificilmente alguém os colocaria no banheiro, né?
Morro quando vejo um banheiro assim! Sala e quarto originais você até acha... mas banheiro? Me dá vontade de dar um abraço na pessoa e dizer o quanto ela é genial, quando vejo um troço desses! Ai ai! (Juro que um dia ainda tenho uma penteadeira de bancada!)


Agora me diz: ser colorido e "reaproveitador" é coisa de quem tem vinte e poucos?



Se você souber de alguma casa colorida e que valorize o reaproveitamento, onde more alguém que já passou dos 40, compartilha com a gente?

5 de janeiro de 2013

Carretel de fio - o que fazer?

Eu tenho duas varandas peladonas aqui em casa. Na do quarto, quero só preencher a parede com objetos decorativos e umas plantinhas,e talvez, uma mesa pequena num cantinho. Descobri que um dos meus maiores prazeres é ficar na rede lendo. Mas a varanda da sala é um espaço mais social. Quero uma mesinha com banquinhos. Mas quem disse que eu queria comprar uma mesa? Eu queria um carretel de fio. Mas e eu achava o dito cujo? Não. E quando achava, já tinha dono.

Até que um dia, ainda era cedo para acordar para trabalhar, minha mãe aparece na minha casa e me acorda:
- Você pode até voltar para dormir depois, mas vá lá na sala ver a surpresa que tem para você.
- Surpresa? Para mim?
- É! Faz ideia do que é?
- Não.

E quem estava na sala, esperando por mim?

Um carretel de fio!

Minha mãe estava voltando da caminhada e deu de cara com esse lindo em plena Av. Pasteur. Mas ela não conseguiu pegar um táxi. O que ela fez? Foi rolando até chegar aqui em casa!
Na boa, minha mãe não existe!

Isso foi em meados de dezembro. E na época, publiquei essa foto na página do Casa de Amados, no facebook. (A propósito, já curtiu? Me acompanhe por lá também!). E pela primeira vez, um leitor me escreve me dando uma sugestão e me apresentando algo até então desconhecido.
Ele me mandou um link de um álbum da página BrasilART, que tinha essas fotos. Preste atenção nos detalhes que vale a pena:



Resolvi fuçar o álbum todo. E achei um link para o vídeo que mostra o trabalho deles. Eu queria colocar o vídeo aqui, mas como está no vimeo e não no youtube, não consegui. Dessa forma, aqui vai o link, é só clicar que você será encaminhado para a página: http://vimeo.com/36355801. Super vale a pena conferir. É lindo o trabalho deles.
Eu não tenho esse talento todo para fazer o mesmo no meu carretel, tampouco conheço essa técnica. Mas ainda assim é tão bom ver essas inspirações e ver que para a criatividade humana, o limite é o infinito.
Obrigada, Andreas!

Como se não bastasse a dica do Andreas, essa semana, a Debora, uma colega do mundo museológico compartilhou uma imagem no meu perfil do facebook  e disse que tinha se lembrado de mim:

Fonte: página 1,000,000 Pictures, do facebook.

Carretel + livros: quer uma combinação com mais a minha cara? Tem não. Isso infelizmente não vai rolar aqui em casa, porque livros numa varanda que pega chuva não vai dar muito certo não. Mas quem tiver espaço para isso, aconselho  mandar brasa, porque esse móvel é um deus grego! Me derreti!

Depois dessas, fiquei me coçando por novas inspirações. Fui pesquisar no santo google. E achei coisas di-vi-nas!



Fonte: Mosaico Pinda





Fontes: Decoração de A a Z, Margaretss.




As possibilidades são infinitas! É só pensar um pouquinho. (Isso serve para mim também, porque o meu carretel ainda está lá, esperando um toque de amor.)


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