Hoje vocês vão conhecer um ambiente que às vezes me incomoda aqui em casa: meu quarto. Acho que já comentei aqui que peguei marcenaria planejada em todos os cômodos. Na sala, reduzi o móvel; no banheiro investi no contact; na cozinha, apostei nos azulejos estampados. Mas no quarto era tanto, mas tanto móvel, que ficou difícil. Não reformei nada aqui, e confesso que ainda tem um pouco cara de showroom.
Para me sentir acolhida neste ambiente, eu investi nos pequenos detalhes. Pintei a parede em cima da cama, incluí pontos de cor, e principalmente, coloquei mimos, muitos mimos.
Antes que alguém puxe a minha orelha dizendo que não mostrei o quarto, calma, que tem fotos!
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Vista da porta |
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Vista da varanda |


Esse móvel é uma sapateira. Muito boa, por sinal. Meus sapatos ficam organizadinhos, só que eu não a teria feito aqui. Ela tirou o espaço de circulação: já ouvi dizer que o ideal é ter 80 cm para circular com conforto, aí eu só tenho 50! Eu teria feito na varanda, cheguei a pensar em transferi-la para lá e reformar, de forma que ficasse com mais cara de ambiente externo, mas fui orientada por profissionais a não fazer isso, porque ela foi projetada para interior e não duraria nem 1 ano exposta a sol e chuva. Sabe aquela história de o que não tem remédio, remediado está? Mas até que não foi de todo ruim. Minha tia quando morava aqui, tinha uma tv nesta parede. E eu não quis uma no quarto. Imagina o que aconteceu? Fios, os temidos fios mostraram os dentes! Daí apoiei essa tela que eu pintei, quando fiz um curso na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, e problema resolvido, os fios ficaram escondidos! Eu amo essa tela, ela tem um significado forte para mim. Pintei logo depois que voltei do Peru, e ela representa as ruínas do povo inca e o colorido da cultura peruana que tanto me encantou.

Ainda na sapateira: bruxinha que ganhei da minha mãe quando era mais nova, e um arranjozinho que fiz para ter algum vegetalzinho no quarto, já que aqui não tem planta de verdade.
As três almofadinhas foram feitas por mim (com cola pano, claro), foi um dos primeiros projetos quando me mudei, estão cheias de defeitos, mas eu as amo mesmo assim.
A garrafinha no canto direito é obra de uma amiga da minha mãe e mãe de um menino que estudou comigo no colégio. Ela fez uma "roupinha" para a garrafa com crochê e colocou florezinhas. Achei um amor.
A tela é de minha autoria e são quatro movimentos comuns na ginástica artística. Percebeu que de cada lado da tela, tem duas bonecas? São esculturas de resina, que segundo a loja, representam movimentos da yoga, mas eu vejo ginastas. Não gosto nem um pouco de ginástica, né? rs
Quando eu ainda morava com a minha mãe, a Thalita, do Casa de Colorir, publicou o vídeo "
Lar de Papelão", eu gostei e resolvi adaptar a ideia. Ela escreveu a palavra "lar" com papelão, decorou com botões e colocou na parede. Eu escrevi arte e envolvi com fita de xadrezinho amarelo. Só que na casa na minha mãe não funcionou. A fita não prendeu na parede de madeira nem com reza forte. Guardei essas letras e quando vim pra cá, elas se adaptaram direitinho e esse cantinho. Mas porque arte, Juliana? Porque eu não sei viver se não tiver a arte presente na minha vida de alguma forma!
Armário/ prateleira que fica em cima da escrivaninha: como aqui é o meu home office e eu não tenho estante aqui em casa, ele abriga uma pequena parte dos meus livros (a maioria eu deixei na casa da mamy... não tive como trazer tudo, infelizmente). Quem mora aí também, são as minhas telas.
Reparou no único quadrinho que tem moldura, ali na parte que parece um nicho, em cima da porta branca deitada? Não dá para ver direito, mas são vários tipos de aviões bordados em ponto cruz que meu pai ganhou da minha cunhada nos anos 90. Durante um bom tempo, minha mãe guardou, mas depois decidi que o quadrinho era meu! Ele me remete a lembranças tão doces.
E os quadrinhos logo abaixo do armário, vocês viram? Lá na casa da minha mãe, eu dormia dentro de um oratório (valeu Laura, adorei a expressão! rs). E o que é um oratório? É aquele móvel gigantesco muito comum nos anos 80 e 90, em que a cama entrava no meio, sabe? Pois é. Isso significa que logo acima da minha cabeça (ops, da cama), tinha um armário e que o pedaço de parede era pequeno. Então, eu nunca pude colocar um quadro ali sem correr risco de sofrer algum acidente, afinal, esbarrar era a coisa mais fácil do mundo. Mas aquela parede pelada me dava nos nervos. Resolvi o problema com papel pluma + contact + fotos plastificadas + clips. Já derrubei váááárias vezes esses quadrinhos, mas como é leve e não tem vidro, não tem problema. Na foto à esquerda, sou eu, saltando na ginástica; à esquerda, é a Diana, uma câmera analógica da Lomography que tenho. Gostei tanto deles, que quando me mudei, fiz questão de trazer.
Esse quadrinho é bem simples de fazer, alguém tem interesse no passo-a-passo?
Pequenos detalhes:
1: moringa da Mafalda. Amo quadrinhos, então... já viu, né?
2: Desvio de função - a caneca com o quarto do Van Gogh (adoro!) guarda coisas de mulherzinha que uso antes de dormir: creme para os pés, mãos... tem também uma lixa de unha ali dentro.
3: Luminária de poás que eu reformei e já mostrei aqui.
4: Relógio de pulso e de parede que eu trouxe de uma feira de artesanato em Pomaire, Chile. Ele fica apoiado na mesinha de cabeceira, mas levantei a "fivela" só para vocês verem como ele tem cara de relógio de pulso e que tem como pendurá-lo na parede. Eu achei artesanato no Chile extremamente caro, se comparado aos preços de cá, e esse relógio foi uma das poucas coisas baratas que achei e me encantei. Paguei o equivalente a 12 reais.
5: Desvio de função de novo - ganhei essa caneca da minha sobrinha quando ela era bem pequena e eu ainda era uma adolescente. Ela sempre serviu de porta lápis e canetas.
6: A minha ideia não era ter tapete, para minha alergia não ganhar asas. Mas ganhei esse de uma amiga da minha mãe, e coloquei entre a cama e o guarda-roupa. Adorei, acho que ele trouxe um ar de casa de vovó e quebrou um pouco a cara de showroom. Até agora está dando certo e a alergia não tem me atacado.
E por fim, meu companheiro na hora que estou postando: porta-copo do Charlie Chaplin!