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9 de março de 2013

Criatividade



Acredito que ninguém duvida que o meu maior divertimento na decoração aqui de casa é o faça-você-mesmo. Sinto um prazer indescritível ao olhar para cada canto e ver que ali tem algo que saiu das minhas mãozinhas. Já notei que todo mundo que se aventura a colocar a mão na massa sente orgulho de dizer "eu que fiz!". Porque de fato, dá um orgulho danado! Você sabe que ninguém terá aquele móvel que você personalizou igual ao seu.
Desde que eu criei o blog, tenho ouvido muita gente falar que acha muito legal essa historinha de decorar com pouco dinheiro e arregaçando as mangas, mas que não tem criatividade, que não tem imaginação.  Como isso tem sido recorrente, senti necessidade de desmistificar a questão.
Eu não sou um gênio. Nem eu, nem a grande maioria. Também não sou um poço de criatividade sem fim. Assim como você não é desprovido de doses de imaginação.
Uma das coisas mais importantes que eu aprendi no teatro foi: criatividade é questão de exercício! Nas oficinas, nós raramente temos texto para apresentar. A diretora costuma nos dar uma situação e temos que nos virar, pensar rápido e representar lá na frente. Às vezes, temos uns 15 minutos para debater, às vezes não. No início, é claro que eu levei um susto e ficava pouco à vontade. Mas depois, com sucessivos exercícios, eu fui me soltando, aprendendo a pensar rápido e a arrumar soluções para a situação proposta.
Isso se aplica perfeitamente ao faça-você-mesmo na decoração. Você pode SIM desenvolver a criatividade para decorar o seu cantinho. Ultimamente, revistas de casa têm valorizado esse detalhe e vêm com passo-a-passo, como a Minha Casa, por exemplo. Casa e Jardim tem alguns vídeos no youtube. E os blogs? Tem uma quantidade infinita de gente mostrando ideias, como fez isso, como fez aquilo.
Repito: não creia que nós, blogueiros, sejamos privilegiados. Somos treinados. É diferente.
Comece copiando ideias. Viu algo que gostou muito? Vá lá e faça igualzinho. Deu errado? Tente de novo, e se ainda tiver dúvida, entre em contato com o blogueiro ou com quem ensinou o tutorial que você está seguindo.
Depois de copiar algumas vezes, você vai se sentir mais inserido nesse mundo do faça-você-mesmo, já terá sentido um pouco o sabor de saber que é capaz de fazer algo pela sua casa. Agora é o momento de adaptar. De ver uma ideia e adequá-la ao seu gosto e/ou necessidade. Lembra da latinha de biscoito que forrei com contact quando ainda morava na casa da minha mãe? Então, eu vi no Dcoracao.com, da Vivianne Pontes, latas forradas com tecido. Eu adaptei a ideia, troquei o tecido pelo contact, que achei mais fácil de trabalhar e tinha me encantado por aquela estampa.
A essa altura, mais familiarizado com os materiais, chegará o momento que você perceberá que você mesmo está encontrando solução sozinho para seus problemas e que já está tendo ideias suas que reflitam exatamente a sua personalidade no ambiente. Mas veja bem: mesmo que a criatividade esteja aflorando, isso não significa nunca mais copiar, adaptar, buscar inspirações.
O importante é nunca deixar de exercitar. Não falo apenas da questão física, de cansar o braço ao lixar um móvel. Falo da parte intelectual:
- Leia livros e imagine os ambientes descritos. Onde os personagens estão? Se há uma cadeira, como ela é?
- Assista seus filmes preferidos e preste atenção no cenário. Você gosta dos ambientes? Combinam com você? O que levaria para sua casa? Tem algo que você adaptaria? Gosto muito de fazer esse exercício com desenhos animados, tipo Moranguinho.
- Gosta de algum artista? Procure conhecer as obras dele. Às vezes obras de arte são grandes fontes de inspiração.
- Pesquise. Busque inspirações. O google está aí para isso. O pinterest também conta com muitas imagens bacanas e inspiradoras. Antes de jogar algo fora, veja se realmente precisa jogar fora. Se algo te incomoda, veja se não tem jeito mesmo de melhorar e serenar seu coração. Eu sou do time que acredita que tudo nessa vida tem solução. Se tudo na vida tem solução, porque tudo na casa também não teria?

Ponha sua imaginação para malhar. Quanto mais forte ela ficar, mais ela se soltará. Acredite, criatividade é para todos. Ou seja, para você também!

5 de março de 2013

Fios à mostra? Nananinanão!

Era uma vez um rack que deixava bilhões de fios à mostra, como se eles fossem lindos objetos de decoração. Fios não são nada bonitos, acredito que sejamos unânimes ao afirmar isso. Mas desaparecer com os fios seria o mesmo que dar adeus à internet e à tv a cabo.
E agora, José? Tudo nessa vida tem solução. E muitas vezes, ela é tão simplezinha!


Fiz uma cortininha para escondê-los!

Olha como era:



De perto.
 


 
Você está aí pensando: "ah, mas eu não sei costurar, vai ficar para a próxima"? Pode mudar esse seu pensamento aí, porque eu também não me entendo com linhas e agulhas. Hã? Como assim? É, para esse projetinho, não precisa saber costurar. Só usar cola, mas isso todo mundo aprendeu no jardim de infância, né?

Para fazer a cortininha, você vai precisar de:



- Tecido de sua preferência
- Tesoura
- Viés
- Cola pano
- Velcro
- Dupla face 3M.

O primeiro passo é cortar o tecido do tamanho do local a ser escondido. No meu caso, eu tive o cuidado de deixar a caixinha da internet e da tv a cabo de fora, então, ele ficou um pouco menor tanto na largura como na altura.

Depois vem o viés. Como não estamos usando a costura nesse projeto, ele é necessário para dar um bom acabamento. Pode usar qualquer cola pano, mas eu particularmente gosto mais da marca Acrilex.




 

Viés cortado em todos os lados, vamos para o velcro. Corte o par do tamanho da largura da cortininha. Uma das partes é para ser colada no tecido.
 
 
 
 
 

A outra parte vai para onde você quer prender a cortininha. No meu caso, foi para o "teto do nicho" do rack. Para prender, eu usei a fita dupla face da 3M.
 
 

 
 
Quando a parte que você colou no tecido secar, é só juntar o "macho com a fêmea"!
 
Pronto! Você já tem a sua cortininha e os fios à mostra não têm mais vez!
 
 


1 de março de 2013

Projetinhos de 5 minutos: pintando garrafas




Vou ser bem honesta: o projetinho de hoje não é beeeeeem de 5 minutos. Leva um pouquinho mais, porém, nem por isso deixa de ser fácil e não deve te desanimar.

Acho que já falei aqui que eu tenho duas varandas - uma na sala e uma no quarto. Na do quarto, eu gosto muito de colocar a rede para ler nas noites não chuvosas nem tão quentes. Descobri que isso me dá um enorme prazer. Por isso descartei a ideia de móveis nessa varanda. Mas deixá-la peladona seria triste, né? Todos os cantos dessa casa já receberam um toque de amor, por menor que seja, como deixaria a pobre da varandinha de fora? Corria o risco dela cortar relações comigo!

Como eu não queria nada no chão, para liberar o espaço para a rede, a solução foi subir pelas paredes. Como? Bem... com coisas que toda pessoa normal jogaria no lixo.
As prateleiras são "restos" daquele rack que eu mandei diminuir, lembra? Aquela modificação rendeu, e como rendeu! O nicho ali ao meio, veio do bazar decor que teve em dezembro.

Para trazer um colorido ao ambiente, quis apostar em garrafas pintadas. Por dentro. Que garrafas? Do licor daqui de casa, garimpos no lixo de parentes e da lixeira do prédio (viva ao vizinho que colocou essa amarela  no chão da lixeira próximo da hora de eu jogar meu lixo fora...ô vizinho, pode manter o horário na hora de jogar coisa legal fora que eu agradeço!).
Aprendi essa técnica já faz algum tempo e só agora coloquei em prática. Por isso eu não me lembro onde aprendi. Já fucei tanta coisa nessa blogsfera, vou te contar. Mas não precisa se decepcionar. Tem passo a passo!


- Pegue a garrafinha no lixo ou alguma que você já tenha e não jogou fora. Lave a dita cuja, pelo amor de Deus, né? Tire o rótulo, se houver. Se você quiser mantê-lo por uma questão de estilo, aí já são outros quinhentos.


- Pegue a tinta. Eu usei tinta fosca para artesanato. Custa cerca de 1,60 a 2 reais esse potinho pequeno. Não usei nem 1 inteiro para a garrafa pequena e cerca de 1 e meio nas maiores.
Na época que eu aprendi essa técnica, dizia que também poderia ser usada a tinta a óleo. Mas eu detesto essa tinta, acho um inferno para limpar a sujeira depois, precisa de solvente/ aguarrás. Prefiro sempre as tintas à base de água. Mas aqui vale um alerta: se a tinta for à base de água, você não poderá colocar planta de verdade.



- Para facilitar a tarefa de espalhar a tinta, coloquei um pouquinho de água, veja bem: é só um pouquinho! Mas se você achar que ficou aguado e o efeito esquisito, coloque um pouco mais de tinta.

- Espere secar e observe no dia seguinte. Se você achar que não ficou bem acabado, repita o procedimento. Dessa vez, a tinta se espalhará mais rápido.

- Quando acabar, preste atenção ao resto de tinta. Se não tiver, ok, é só colocar para secar. Se tiver, coloque para escorrer em algum lugar, senão a base da garrafa ficará mais escura, dando um aspecto manchado.

- A pintura está pronta!



Como a minha varanda não é daquelas fechadas e é um lugar exposto a vento e chuva, achei importante me prevenir de possíveis acidentes. Enchi as garrafas de areia, de forma que ficassem pesadas e evitar que caiam num vendaval.

As plantinhas: em algumas, usei flores desidratadas que vieram do noivado dos Gabis e nas demais, flores de alho artificiais.

Esse vidro vazio que você está vendo dentro do cubo é de cereja em conserva. Receberá pedrinhas coloridas que minha mãe tem sobrando na casa dela e eu esqueci de pegar (não reparem na minha memória de gênio!)

Agora olha meu cantinho à noite, com a rede. Ô delícia!


24 de fevereiro de 2013

O quadrinho que conta minha história

Imagem: Boutique de Achados
 

Vocês já devem estar cansados de saber que eu defendo que a nossa casa tem que ter nossas referências, objetos que contem alguma história. Coisas que indiquem um pouco do que nós somos. Deixei isso claro com os mimos parte 1  e 2.
Mas esse objeto que mostro para vocês hoje vai muito além de um pequeno mimo com uma historinha fofa. Está mais para uma governanta, daquelas bem rígidas. Como pode um quadrinho de telefone ser rígido? Senta aí que vou te contar um pouquinho da minha história.
Eu tive meningite com 1 ano e 8 meses. Não perdi a vida, mas perdi a audição. Dos males, o menor, graças a Deus. Mas eu tive a sorte de ter tido os pais que tive. Eles não sossegaram enquanto eu não me oralizasse. Estudei em colégio regular e cursei a  universidade usando apenas a leitura labial. Sempre tive facilidade para me comunicar sem o apoio auditivo, mas isso não quer dizer que eu recusaria o vento se a vida resolvesse soprar a meu favor.
E não é que um sopro lindo bateu à minha porta quando eu tinha 20 anos? Consegui fazer o implante coclear. Se você nunca ouviu falar, mas se interessou pelo assunto, no Wikipédia tem um resumo, clique aqui.
Com o implante, a minha audição, quando estou com o aparelho externo ligado, fica bem próxima a de um ouvinte. Só que eu a perdi ainda bem pequena e fiquei quase 18 anos no silêncio. Consequentemente, não desenvolvi a memória auditiva. Eu tive e ainda tenho que aprender a ouvir. A grosso modo, é como aprender um idioma novo, daqueles bem difíceis, tipo árabe ou mandarim. Na época que passei por uma avaliação multidisciplinar, antes de passar pela cirurgia, as fonoaudiólogas e as psicólogas me dizeram que dificilmente eu falaria no telefone, mas que isso não queria dizer que eu não poderia tentar.
Ao longo desse tempo, eu já tentei várias vezes, poucas delas com sucesso. Mas eu não me importo. Cada vez que eu consigo é uma vitória indescritível! Em meados de 2010, gostava muito de falar com dois amigos, mas depois eles saíram do Rio de Janeiro e esse tipo de comunicação ficou bem dificultada.
Desde que eu saí de casa para morar sozinha, a necessidade de treinar mais, me esforçar mais, começou a falar bem alto dentro de mim. Determinei que sempre que desse, ao invés de mandar torpedo para minha mãe, eu deveria ligar. Se desse certo, ótimo. Se não funcionasse, aí sim, recorreria ao torpedo. Fracassei várias vezes. Mas também já saí saltitando pela casa por ter conseguido manter uma conversa por 5 minutos, o que é muito para mim. Ultimamente, tenho arriscado falar com alguns amigos. Falar no telefone me exige um esforço sobrenatural, tenho que estar muito concentrada, num ambiente silencioso; então é natural que às vezes eu queira recorrer ao torpedo de primeira. Se eu estiver cansada, então...

Onde entra o quadrinho?

Tem um blog fofíssimo, cheio de ambientes inspiradores, o Achados de Decoração, da Carmen Martins, conhece? Através desse blog, conheci a loja virtual da Carmen, a Boutique de Achados. Tem muita coisa fofa lá, que dá vontade de apertar a bochecha dos objetos - se eles a tivessem. Um dia, passeando pela loja, dei de cara com esse quadrinho de telefone antiguinho. Gente, eu AMEI! Era como se ele dizesse para mim:
- Você tem que ligar mais vezes. Você tem que treinar! Abandone essa preguiça. Já para o telefone!

Além de me dar um alerta cada vez que olho para ele, ainda tem esse ar retrô! Muito a minha cara, não?


Esse post não é um publieditorial. Apenas quis mostrar para vocês um objeto novo que conta uma parte marcante da minha história e do meu dia a dia.

14 de fevereiro de 2013

Mesinha de cabeceira

Tempos atrás ganhei uma mesinha redonda com pés palito. Mas na casa da minha mãe não tinha onde colocar, então a mesinha foi desmontada e guardada. Quando me mudei, ela veio comigo e virou minha mesinha de cabeceira.
A bichinha tinha um problema: é de má qualidade. Os pés nem tanto, mas a tábua redonda é de compensado de madeira, que mais parece serragem solta. Por isso, ela ficou esses meses todos  coberta com uma toalha. Mas era um pecado maior que a gula deixar três pés palito cobertos. A mesa teria que se despir, se valorizar. E para isso, uma intervenção seria necessária.
 
 


Levei a mesinha para a varanda. Decidi pintá-la de azul, porque já tinha a tinta dando sopa aqui em casa - foi sobra do Céu de Brigadeiro, da Coral, que usei no pseudo-buffet.
 
 



Todos nós sabemos que o recomendado é lixar a peça antes de pintar. Mas não tive coragem. Olhem a textura da tábua. Fiquei com medo de esfarelar tudo e fazer uma mega lambança. Deixei quieto e passei a tinta por cima. Ao todo foram 3 demãos.


Como a textura estava uó, eu não tive como deixar só pintado. Continuava feio e chamando a atenção. Apelei para o papel adesivo da marca Alkor e colei na parte de cima. Na lateral, fica aparecendo a textura feia, mas não ficou tão gritante, dá para passar batido.
Gostei do contraponto dessa estampa com o azul. Achei que ficou romântico e trouxe um toque de fofurice para um quarto com móveis modernos.


A mesinha já desnuda, no seu devido lugar: abrigando a luminária, a moringa da Mafalda, um relógio-de-pulso-de-parede-que-também-pode-ficar-apoiado e um livrinho de cabeceira.


Aí está um pedacinho-inho do meu quarto. Ainda mostrarei ele todinho para vocês. Mas por enquanto, foco na mesinha de cabeceira. Ela é a protagonista do capítulo de hoje!

11 de fevereiro de 2013

A sala da Sandra e do Franklin

Eu conheci a Sandra estudando fotografia. Estreitamos os laços quando ela passou a me oferecer carona e voltávamos das aulas conversando. Muito gente boa, ela.
Até que um dia, numa reunião, eu conheci a casa dela. Gente, me apaixonei! Aconchegante e coloridinha. Era visível o toque de amor que cada cantinho da sala recebeu. O ambiente tinha aquele ar de: "pode entrar, você está sendo abraçado". Nem preciso dizer em que clima transcorreu aquela reunião, né? Mais aconchegante, impossível!
Eu ainda não imaginava que alguns meses depois já teria um cafofo para chamar de meu. Mas o meu íntimo já estava envolvido com o mundo da decoração, e jamais me esqueci daquela sala. E agora, com o blog no ar, me deu vontade de mostrar um pedaço dessa casa de verdade para vocês. Perguntei à Sandra, se ela concordava em mostrar a salinha dela aqui no blog, ela aceitou e me mandou as fotos. É uma fofa, ou não é?

 
 
Visão geral da sala de estar. Já deu para sentir o clima aconchegante? Muitos móveis de madeira, sem contudo, deixar o ambiente pesado. Repare nos detalhes: as almofadas estampadas e a Torre Eiffel vermelha dão um toque de cor ao ambiente. As plantinhas e os livros na mesa de centro dizem "aqui tem vida!".
 



 Foto de outro ângulo. O gatinho cinza estava presente na reunião em que conheci esta casa.


 
Quando a Sandra respondeu o meu e-mail, ela disse que a sala tinha passado por umas modificações, para receber aquele armário, ao fundo. Foi feito pelo Franklin, o marido, segundo ela, "um artesão de mão cheia". Bota cheia nisso! Não é lindo o armário?
Outra coisa que merece uma grande observação é a poltrona. Ela não estava lá quando eu conheci essa casa. Achei que foi uma felicíssima escolha - esse coloridão fez um contraponto com o sofá branco e os móveis neutros. E tem pés palitos que me remetem aos anos 50. Já contei para vocês que queria ter vivido os anos 50?
 

 
Essa foto é para vocês verem os detalhes, mesmo que seja difícil. Estão vendo os nichos que abrigam os CDs? Viram que tem uma foto ali em baixo? Então, a Sandra, ela tem um trabalho muito interessante. Não fica só na fotografia. Ela fotografa e pinta as fotos. O efeito é bem bacanudo! Esse aí é o neto dela, Miguel. Segundo a Sandra, ele é um amante da música, e essa imagem do menino com um fone tinha tudo a ver com o cantinho dos CDs. Não é uma enorme referência? Não tem como não entrar nessa casa, olhar para essa imagem e não ter certeza de que se está na casa da Sandra.
Viu os pratinhos na parede? Eles trazem um quê de romantismo ao ambiente, vocês não acham?
Agora olhem para a mesa de centro. Viram o letreiro dos Beatles? Tudo a ver com moradores que amam música. E a mini câmera fotográfica antigona? Eu sei que está difícil de ver, mas faça um esforcinho aí! Está perto dos livros à esquerda. A cara da moradora. 



 

Estilo é para poucos, mas pode ser para todos. É só abrir sua visão para novas possibilidades. Olha essa prateleira lá no teto só para abrigar mimos. Sacada de mestre!
 


 Outro ângulo da sala - o jantar. Esse cantinho prova que aqui ninguém tem medo das cores. O vermelho da parede faz um contraste bem interessante. O caminho de mesa é bem colorido, reparou no enfeite? Ao invés das tradicionais flores, a Sandra inovou e colocou velas. Amei esse arranjo, bem fora do lugar comum!
Quando eu perguntei para a Sandra se ela poderia contar a história de algum objeto da sala, ela me contou a desse quadro de ciclista:
'Um dia estava passeando com minha filha e me apaixonei pelo quadro do ciclista carregando um coelho na garupa do artista plástico Alemão. Eu queria dar um toque alegre, de casa de "Vovucha" para o Miguel, aliás na porta do ap tem uma placa de Madeira escrito "Casa da Vovucha".'
O quadro é lindo, mas a historinha é mais linda ainda. Ótima sacada, Sandra, acho que você conseguiu o seu intento!
Você reparou na luminária que aparece nessa foto e na anterior? Ela dá um toque moderno a um ambiente aconchegante. Sempre acredito que esse tipo de combinação costuma ser feliz.


Me amarrei no espelho. Não creio que tenha sido proposital, mas ele me lembra um cavalete. E um cavalete combina muito com quem pinta fotos.


Não é porque é corredor, que tem que ficar esquecido. A Sandra também presenteou-o com mimos!


Agora me diz se essa casa não merece aplausos? Também se sentiu abraçado?

5 de fevereiro de 2013

Mimos da casa - parte 2

Lembra quando eu falei da importância das nossas referências? Que os mimos da casa podem falar - e muito  de quem somos nós? Se você é novo aqui e não sabe do que estou falando, clique aqui.
Naquele dia, combinei com vocês que mostraria um cômodo por vez, e mostrei os queridinhos da cozinha. Hoje é a vez da sala. Só que como eu tenho o estar, o jantar e o cantinho de leitura, tudo integrado num ambiente só, ficaria muita imagem para carregar, e consequentemente, muita informação de uma vez só. Vou mostrar o estar apenas. O jantar e o cantinho de leitura ficarão para depois.

Teve gente que reclamou que eu nunca tinha mostrado a visão geral da minha sala. Então, antes que eu leve outro puxão de orelha, vou mostrar a minha salinha querida.

Vista da porta/ do jantar

Vista da varanda/ do estar
Uma vez uma amiga me disse: "Está faltando um tapete na sua sala". Concordo, mas vai ficar faltando. Sou alérgica a ácaros, e não estou disposta a ficar fungando e coçando nariz em prol da beleza. Nossa casa tem que ser bonita, mas tem que ser antes de tudo, funcional e atender às nossas necessidades.
Talvez vocês achem que falta uma mesa de centro. Não pretendo ter. Faço ginástica artística e adoro ter um espacinho para pular (abafa) e treinar elasticidade. O que uma mesa de centro vai fazer aqui? Me atrapalhar. Quero não. Prefiro meus pulinhos e meus espacates.

Salinha mostrada, vamos ao que interessa?

 
 


Quem nasceu nos anos 80 conhece bem esse brinquedo que marcou uma geração: o Pense Bem. Ele remete a uma lembrança gostosa da infância, quando as crianças trocavam os livrinhos, para variar os exerícios propostos pelo brinquedo. Era uma forma bem divertida de aprender sobre matemática, ciências e assuntos variados.
Em cima, é uma mini escultura de resina. Quando comprei, na loja, ela tinha a palavra yoga como referência. Mas eu vejo uma ginasta, com um espacate que eu pretendo conseguir fazer um dia. Tinha que deixar à mostra meu lado pseudo-ginasta, não tinha?




Esses três quadros são trabalhos fotográficos meus inspirados em 3 obras do holandês Johannes Vermeer, que viveu no século XVII. Na ordem, Moça Moça com colar de pérola, Moça lendo carta e Leitora à janela.  Clicando em cada nome você vê as imagens originais que serviram de ponto de partida. Me inspirando um pouco em Mondrian também, resolvi trabalhar com as cores primárias: amarelo, azul e vermelho. Esse trabalho é o meu xodó, e sabia que o dia que eu tivesse a minha casinha, ele teria lugar de destaque na parede do sofá!
Cada foto mede 40X50.

 
Esse cisne tem história. E que história! Comprei de um vendedor ambulante, em Buenos Aires, por 5 pesos. Achei fantástico porque é feito com passagens de metrô. Só que na hora de voltar, eu esqueci o queridinho no hotel. E não é que eles me mandaram por correio, sem cobrar 1 centavo por isso? Se antes disso eu já tinha uma queda pela Argentina, depois dessa, esse país lindo de morrer ganhou meu coração de vez! Ele morou um bom tempo numa prateleira do meu quarto. Mas depois que vim para a Casa de Amados, ele foi promovido e agora faz bonito no meu rack.
 

 
Acredita que isso aí na verdade é um apontador? Ganhei da Fabiana, uma menina que estudou comigo na pós graduação. Ela disse que tinha a minha cara, deve ser por conta desse arzinho retrô. Não é um amor? Tenho dó de usá-lo como apontador, e deixo-o enfeitando a mesinha amarela.
 


Lhama! Comprei num museu em Cusco, Peru. Tinha que ter alguma coisa do Peru aqui em casa, não tinha? Oh, viagem inesquecível! O Peru é tão, mas tão mágico, que às vezes ainda me pego suspirando, quando vejo fotos ou quando me lembro de algo da viagem.


 
Eu nunca fui a Paris, mas essa torrezinha é a prova de que eu tenho amigos que não se esquecem de mim nem quando viajam. Era um chaveirinho, mas eu transformei numa miniatura que faz bonito na mesinha amarela. Quem me deu foi a Aline, que comenta aqui de vez em quando. A mesma que foi se divertir comigo nas alturas peruanas e na elegante Santiago.


Eu sei que a cuia foi feita para tomar chimarrão. Mas eu não sou gaúcha, mate para mim é gelado e adoçado. Mas nem por isso eu viajaria a Porto Alegre e não traria uma cuia. Desvio de função aí, minha gente! Porta lápis para tornar a vida na sala bem mais prática. A canetinha à esquerda eu trouxe do Peru, as outras duas, do Chile. Sendo que a primeira à direita, representa o Rappa Nui, da Ilha de Páscoa.


O elefantinho de pedra sabão veio de uma viagem que fiz a Ouro Preto, no início da faculdade. Sim, ele está com a bundinha virada para a porta. Não que eu acredite nisso, mas se não fizer bem, mal não vai fazer, né?



Os aviões:

Para quem não sabe, eu sou filha de aviador. Isso sempre me encheu de orgulho. Eu chegava na escola e não tinha ninguém com um pai com a profissão igual ao do meu. (Será que o dia que eu tiver um filho, ele terá orgulho de ser filho de uma museóloga?).
Gosto muito de ter referências do meu pai aqui em casa. E nada melhor que aviões!

O primeiro é brinquedinho de loja de 1,99. Custou algo perto dos 5 reais. E o segundo, é um brinquedinho artesanal que comprei durante uma exposição que teve na Sala do Artista Popular, no Museu de Folclore Edison Carneiro.






 
As câmeras:
 
Sou pós graduada em fotografia. E  gostaria que esse meu lado também estivesse presente e visível aqui em casa.
 
 
Essa câmera meu pai trouxe dos Estados Unidos, numa das viagens a trabalho e ela registrou boa parte da minha infância. Impossível riscá-la da minha história.
 

Simples maquininhas dos anos 90/ início de 2000. A da esquerda, era da minha prima, e ela me deu especificamente para decorar o cafofo novo. A da direita, foi a primeira câmera que minha mãe me deu. Ruim, mas me deu a liberdade de fotografar o que eu quisesse - afinal, meus pais não me deixavam mexer na câmera aí de cima. A primeira câmera a gente nunca esquece, né?




Já essas duas acima e abaixo, não tem história, não. Comprei na feirinha da Praça XV para fazer charme. Mas o meu sonho meeeeeeeeeesmo é uma polaroid, uma rolleflex e uma leica. Um dia, quem sabe? Será que já posso dizer que coleciono câmeras?

 
 
E aí? Se anima a me mostrar os mimos da sua sala?

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