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27 de junho de 2013

Livros no quarto

Já comentei aqui que o fato do meu quarto ter cara de showroom me incomoda um pouco e que tenho dificuldade de deixá-lo com cara de casa de verdade. Não nego que consegui fazer um avançozinho com almofadas coloridas, parede pintada, tapetinho, objetos espalhados, mesinha de cabeceira reformada por mim. Mas acredito que ainda há um caminho a ser percorrido.
O guarda-roupa e a cama não me incomodam tanto. Ok, eu queria uma cabeceira de ferro, mas... me conformei, fica para a próxima encarnação! Meu maior problema é o cantinho do escritório. A escrivaninha e o armário suspenso tem muita cara de loja. E eu sentia necessidade de pelo menos atenuar isso.

Para quem mora no Rio de Janeiro, no Largo do Machado tem uma papelaria que eu amo muitão. É o paraíso da zona sul. Encontro quase tudo lá. Se você comparar com os preços do Saara, é mais caro, mas se comparar com outras papelarias da zona sul, é barato. O que eu mais gosto de lá são os papeis adesivos. Sim, lá vende contact. Mas contact eu acho em qualquer lugar. Lá tem também o papel adesivo da marca Alkor, já falei dela por aqui. Foi com esse que eu fiz os azulejos da cozinha, que encapei o vidro da mesa amarela. Eu adoro, porque sempre tem estampas bem diferentes do contact e eu fico com um leque de opções maior. É mais caro, mas vale a pena.
Às vezes eu entro na papelaria só para ver se tem novidades. Fiz isso num dia de abril. Encontrei algo que me encantou. Comprei sem saber o que faria com ele. E mostrei na fan page do facebook a minha nova aquisição:


Gente, que adesivo é esse? Quem me conhece sabe que sou apaixonada por livros! E que lamentei muito ser obrigada a largar a maioria dos meus queridinhos na casa da minha mãe. Acho que nunca tinha encontrado algo que tivesse tão, mas tão a minha cara!
Passaram-se dois meses e o rolo ficou guardado, aguardando uma ideia. Na verdade, eu já sabia onde queria colocá-lo, só não definia os detalhes e fui adiando o projeto.
Até que eu precisei dizer CHEGA ao branco do armário suspenso.  E mãos à obra!

Antes:

Depois:


Passo a passo: não tem mistério. Como essa marca é mais grossa e tem menos cola que o contact, é mais fácil de trabalhar, não precisa da técnica da esponja e do sabão. Basta colar, pegar uma régua ou espátula para evitar bolhas. Na hora de cortar, como já ensinei aqui uma vez, ao invés de usar estilete, apelei pra lixa fina.
A minha dúvida era o que fazer com os puxadores, eu queria algo mais rústico ou colonial. Mas como ainda não me dei ao trabalho de procurar, coloquei os originais cromados de volta. Até que não desgostei, porque os livros chamam tanta atenção, que os puxadores nem aparecem.

Eu sei que tem gente que vai preferir o antes, porque o branco é mais clean, que vai achar que o armário novo ficou com informação demais. Não ligo. Estou tão mais feliz agora. O móvel ficou com a minha carinha!

Qual a lição do post de hoje? Sempre há soluções simples para algo que te incomoda. Transforme o objeto "o que isso está fazendo na minha casa?" no objeto que você sempre quis. Não é à toa que amo papel adesivo!

29 de abril de 2013

Uma varanda mais feliz


Finalmente, depois de sete meses, eu já posso convidar os amiguinhos para tomar um licorzinho na varanda!
Já comentei aqui uma vez que tenho duas varandas e que a da sala estava peladona. Na do quarto, já estava definido que era lugar de balançar a rede. Mas a da sala, queria que fosse um ambiente mais social, com mesas e cadeiras. Mas comprar o tradicional conjunto de plástico branco ou mesmo de madeira, nunca foi a minha ideia.
Depois de algum tempo, decidi que queria uma mesa de carretel de fio. Queria que fosse visível, e não "escondido" como a mesinha lateral do post anterior. Porém, aquele que minha mãe achou na rua em dezembro, não tinha altura suficiente para uma mesa, e sem saber o que fazer, fui empurrando a varanda com a barriga.
Mas como a minha mãe realmente não existe, ela conseguiu arrumar outro para mim! E um pouco mais alto! O pobrezinho estava detonadinho! Cheio de pregos, farpas e muito mal pintado com tinta spray.

Lixá-lo à mão seria impensável. Até arrisquei no primeiro dia, mas desisti logo. Foi quando comentei na fan page do blog lá no facebook que tinha comprado uma lixadeira. Juro para vocês que foi a melhor compra que já fiz esse ano! Não é a coisa mais barata do mundo, mas compensa muito, não só na questão de poupar esforço físico, como no acabamento.
Trabalhei nesse carretel na minha última semana de férias. Seria impossível dar conta dele trabalhando, porque eu moro em apartamento e tenho hora para fazer barulho - exatamente a mesma do meu expediente. Quem mora em apartamento tem que ter esse tipo de cuidado. Queremos nossa casa bonita e com a nossa cara, mas não às custas do sossego do vizinho, certo?


Quer um conselho? Se for fazer igual, coloque a pior roupa que você tem! Isso faz uma sujeira inimaginável! Como eu ainda tinha o objetivo de tirar a tinta azul, tive que lixar cem vezes mais, já viu, né? Fiquei coberta de pó azul! E o chão? Dê só uma olhadinha básica na imundície:

 
 
Depois que eu consegui tirar quase toda a tinta - ficou no no metal que une as partes do carretel e uns risquinhos, mas acabei achando que eles deram até um charme a mais - pesquisei qual era a altura média de mesas de jantar e de varanda. Descobri que fica entre 70 e 78cm. E esse carretel tinha 46 cm. A solução foi apelar para quatro pezinhos de 20 cm cada. Ficou um pouquinho menor que o tamanho mínimo, mas nada gritante.
 Um amigo me perguntou: mas dá para colocar pezinho na parte de baixo da mesa? Dá. E sem parafuso, ainda por cima. Usei a cola fix bond. É só colar e esperar uns quinze minutos.
 

A mesinha estava pronta. Mas o reaproveitamento não parou por aqui. Sabe aquelas latinhas de patê, atum e afins? Restos de contact nelas e temos três porta-velas!




Moradores do Rio de Janeiro, atenção:
Sabemos todos que é difícil encontrar um carretel dando sopa por aí. Depois que eu consegui os meus, descobri que o Palácio das Ferramentas, que vende fio a metro, costuma vender esses carretéis depois que os fios acabam. Não sei quanto eles cobram, mas não creio que seja caro. Acho que vale a pena dar uma sondada por lá. Fora que o estado de conservação deve ser infinitamente melhor.
No meu, eu penei muito, levei quase uma semana lixando. Se valeu a pena? Valeu! Mas isso não quer dizer que eu não preferia que ele estivesse em melhores condições.


Agora eu gostaria de uma sugestão:

Quando eu mandei diminuir o rack da sala, as gavetas ficaram de fora. E foram parar aqui, na parede da varanda.


Só que essas gavetas não podem ficar na cor original. Como elas eram de mobiliário planejado, estavam cheias de furo, que tive que preencher com massa corrida para madeira.


As gavetas estão inacabadas, porque ainda não decidi o que eu quero. Cheguei a pensar em pintar de marrom, para deixar as cores com as cadeiras e os vasinhos. O que vocês acham? Alguém me sugere algo diferente?

Revista Minha Casa:
Coincidência ou não, esse post estava planejado para sair ontem, mas houve um contratempo, e acabou sendo adiado para hoje, o dia que comprei a revista Minha Casa de maio. E... adivinhem? O bloguinho saiu na parte de bombando nos blogs, na página 18! Gente, conseguem imaginar como me senti?!


E não é que a postagem que a revista escolheu combina com o post de hoje? Lembra de quando ensinei a pintar as garrafas de vidro que usei para decorar a varanda do quarto? Se você é novo no blog e não viu, clique aqui.

9 de abril de 2013

Criado-mudo personalizado da Willa





Quando eu era adolescente, eu ganhei uma sobrinha. Uma menina que deixou a minha vida mais colorida, ainda que morássemos em cidades diferentes e não nos víssemos com tanta frequência. Até algum tempo atrás, quando estávamos juntas, eu a levava a parquinhos, montava uma casa para a Barbie (com direito a sofá, guarda-roupa, cama, mesa de jantar) com material de reciclagem e papel. Mas a Willa cresceu, já não é mais aquela menininha de antes. Alguns traços permanecem, claro, mas outros mudaram tanto. Ela agora nutre uma enorme paixão por desenho e pintura.
E agora, ela está de quarto novo. E quarto novo a essa altura do campeonato, significa? Que titia tinha que ajudar a decorar! Conversei com a Willa e descobri o que ela queria, escutei os desejos dela, lancei minhas propostas, e chegamos a um acordo que me agradou muito - e acho que a ela também. Mas como moramos em cidades diferentes, eu tinha que esperar entrar de férias para colocar a mão na massa. Foi isso que eu fiz na semana passada: viajei com as mãozinhas ávidas para trabalhar.
Eu só não contava com um vento contra: os móveis novos ainda não tinham chegado. Resumindo: peguei um quarto vazio, apenas com um criado-mudo, então, não pude fazer muito do que tinha planejado, mas me senti feliz de já ter adiantado algumas coisas.

A Willa tinha uma cômoda, que ela queria pintar de rosa. Lá fui eu, preparada para encarar lixas, tinta e pincéis. Mas chegando lá, descobri que ela tinha ganhado um guarda-roupa novo, e que a cômoda antiga não entraria no quarto. Contudo, a menina ainda queria que alguma coisa fosse rosa. Olhei para o criado-mudo, branco e simples, o único móvel ali presente e pensei: hum.... isso pode render!
- Willa, que tal transformarmos esse criado aí?
- Sim! (pausa para umas palminhas) Rosa!


Como eu dispunha de pouquíssimo tempo, e ainda teria que comprar o material, e também, pelo fato do criado ser novo, decidi não apelar para a tinta. E como faz para transformar isso aí sem tinta? Com a mesma técnica que reformei meu banheiro: o bendito Contact!

Eu queria que as gavetas fossem diferentes de todo o resto, para dar um toque a mais. Tentei achar uma estampa de contact, que de bolinhas marrons com fundo rosa, que eu já tinha visto aqui no Rio, mas em Minas eu não achei. E quando você não encontra o que você quer, você improvisa. Comprei um pouco de contact preto para o tal" toque a mais".

Forrei tudo de rosa, e em alguns momentos, a Willa me ajudou. Pensamos juntas no que faríamos com o preto, até que percebemos que tínhamos molde de estrela. Pronto, Willa cortou umas estrelinhas, e o resultado é esse que você vê aí embaixo:

 
 

Eu gostei do resultado, mas a melhor parte foi ver a minha sobrinha tão feliz! E o que eu ganhei com isso? Um beijo gostoso!



Esse quarto ainda vai render. O criado é só o começo...

14 de fevereiro de 2013

Mesinha de cabeceira

Tempos atrás ganhei uma mesinha redonda com pés palito. Mas na casa da minha mãe não tinha onde colocar, então a mesinha foi desmontada e guardada. Quando me mudei, ela veio comigo e virou minha mesinha de cabeceira.
A bichinha tinha um problema: é de má qualidade. Os pés nem tanto, mas a tábua redonda é de compensado de madeira, que mais parece serragem solta. Por isso, ela ficou esses meses todos  coberta com uma toalha. Mas era um pecado maior que a gula deixar três pés palito cobertos. A mesa teria que se despir, se valorizar. E para isso, uma intervenção seria necessária.
 
 


Levei a mesinha para a varanda. Decidi pintá-la de azul, porque já tinha a tinta dando sopa aqui em casa - foi sobra do Céu de Brigadeiro, da Coral, que usei no pseudo-buffet.
 
 



Todos nós sabemos que o recomendado é lixar a peça antes de pintar. Mas não tive coragem. Olhem a textura da tábua. Fiquei com medo de esfarelar tudo e fazer uma mega lambança. Deixei quieto e passei a tinta por cima. Ao todo foram 3 demãos.


Como a textura estava uó, eu não tive como deixar só pintado. Continuava feio e chamando a atenção. Apelei para o papel adesivo da marca Alkor e colei na parte de cima. Na lateral, fica aparecendo a textura feia, mas não ficou tão gritante, dá para passar batido.
Gostei do contraponto dessa estampa com o azul. Achei que ficou romântico e trouxe um toque de fofurice para um quarto com móveis modernos.


A mesinha já desnuda, no seu devido lugar: abrigando a luminária, a moringa da Mafalda, um relógio-de-pulso-de-parede-que-também-pode-ficar-apoiado e um livrinho de cabeceira.


Aí está um pedacinho-inho do meu quarto. Ainda mostrarei ele todinho para vocês. Mas por enquanto, foco na mesinha de cabeceira. Ela é a protagonista do capítulo de hoje!

27 de janeiro de 2013

Banheiro personalizado

Pelo que eu observei ao longo da vida, e também, em revistas, geralmente o banheiro não recebe tanta atenção na hora de decorar. Geralmente as pessoas se contentam com um armário planejado (branco ou na cor de madeira, dependendo da época), o azulejo da moda, e só.
Aqui em casa o banheiro não tinha cor nenhuma. Bem, para não dizer nenhuma, o que dava a cor eram as toalhas - quando estas eram coloridas.
Mas os finais de semana servem para mudar cenários. E o banheiro foi a peça da vez.


Esse é o resultado final. Impossível ir ao banheiro, lavar a mão, fazer pipi, tomar banho e não ficar admirando o projeto. Ficou com a minha carinha!


O antes:


Ele era assim. Arrumadinho, bonitinho, conservadinho. Mas era branco e tradicional. Muito nada a ver para quem sonha em ter uma penteadeira de bancada.
Queria mudar, mas fiquei esses meses todos me perguntando como. Já tinha feito os azulejos na cozinha, não queria repeti-los no banheiro. Até que me lembrei que há algum tempo, a Rafaela Fajardo, do Casa Montada, postou o banheiro reformado por ela, o "Banheiro para Damas".
Apesar de termos tido ideias bem diferentes, a postagem da Rafa me deu ânimo e inspiração.






Esses eram os puxadores originais. Me incomodavam, acho-os frios.


Como o móvel é da Todeschini, ele tinha 2 adesivos desse - um na porta e outro nas gavetas. Arranquei-os.




Agora que vocês já viram o antes, vamos ao durante?

Material:
- Contact liso lilás
- Contact lilás de poás brancos
- 2 puxadores coloniais para as portas
- 4 puxadores coloniais para as gavetas
- Esponja úmida com sabão
- Estilete
- Lixa
- Trena


O primeiro passo, obviamente é tirar os puxadores. Com o contact já medido e cortado com alguma sobra para todos os lados, passei a esponja com o sabão no móvel. É uma técnica que aprendi com a Ana Medeiros, da Casa que a Minha Vó Queria e que funciona muito. Evita que as bolhas se formem e você ainda consegue dar uma ajeitadinha sem fazer estragos. Se você estiver se perguntando se não escorrega, se fica saindo, não se preocupe, que a resposta é não! E depois que seca, cola mesmo.
Mas se você é daqueles que só acreditam vendo, aí vai uma foto para tranquilizar seu coração.


O próximo passo é colar o contact. Apesar da técnica do sabão funcionar horrores, eu recomendo usar a espátula também. Ela garante um trabalho mais bem acabado, sobretudo nas áreas maiores, como a porta e a lateral do móvel. Nas gavetas, não há tanta necessidade, mas eu usei.

Na hora de cortar, eu não usei estilete, porque a chance de eu fazer uma lambança e cortar tudo torto era grande. Preferi dobrar onde deveria ser cortado e lixar a dobra com lixa fina n°180. Daí é só puxar o resto, sem medo de ficar torto. Pena que não tenho foto dessa etapa para mostrar melhor como funciona essa técnica da lixa. Mas se não tiver ficado claro para você, pode me perguntar à vontade.

Contact colado, lixado, ops, cortado. É hora de partir para os puxadores. Coloniais!










O armário estava pronto! Mas a pessoa aqui não quis parar por aqui. Queria que o banheiro também tivesse a arte presente. Postais publicitários + porta retratos de loja de 1,99 = quadrinhos. Banheiros também merecem enfeites na parede, concorda? Coloquei-os em cima da toalha de rosto.





O primeiro à esquerda, ainda não foi para parede, porque acabou a minha fita banana. É uma foto de Flávio Damm, um fotógrafo que tem livros publicados. Ele me deu uma aula na pós graduação, por isso, quando eu vi esse postal, achei que tinha que pegá-lo. É propaganda de uma exposição dele que teve na Caixa Cultural, se não me engano. O primeiro à direita, Aluísio Carvão, o mestre das cores da arte contemporânea brasileira. O de baixo à esquerda, é um monte de nomes de cineastas. Mas o que me chama a atenção sempre que bato o olho ali é o de Jan Renoir. E o de baixo à direita, temos os nomes de Fiódor Dostoiévski e Oswaldo Goeldi.
Resumindo: na parede tem referência à fotografia, ao cinema, à literatura e às artes plásticas.

Fixa forte:

Aquela fita verde neon não funcionou muito no banheiro, acredito que seja por causa do vapor do chuveiro. O quadrinho fica uns 2 meses e cai. Mas como eu tenho 2 azulejos decorados que trouxe do Chile, e pendurei com aqueles ganchos adesivos, e eles estão aqui desde que me mudei e  nunca caíram, achei que devia fazer outra tentativa.
Observei que o Bom Ar Click Spray fixava muito bem  no azulejo com uma fita que parecia o fixa forte de espuma. Foi esse que usei desta vez e ainda não posso dar um retorno se funcionou. Por enquanto os quadrinhos estão na parede.
Por ora, foi só isso que eu fiz. Mas nada me impede de daqui a algum tempo entrar na onda da Vivi, do Decorviva e colocar cobogós no blindex.
Agora posso dizer que todos os cômodos da casa já receberam um dedo meu! Imaginem a minha carinha de menina feliz!



6 de dezembro de 2012

Pseudo-buffet

Lembram-se de que depois da minha apresentação, na primeira postagem do blog, contei a história do rack? Se você é novo aqui e não sabe do que eu estou falando, clique aqui.
Na ocasião, eu contei que nenhuma parte do rack antigo tinha ido para o lixo e mostrei esta imagem:


O capítulo chegou!!!

A ideia era transformar essa parte num buffet para a sala de jantar. Como tirar a ideia do campo da imaginação?

O primeiro passo foi pedir para o marceneiro fazer os pés. Eu pedi pé palito e ele me apresentou os torneados. Nem reclamei. Ele teve mais trabalho para fazer esses pés e senti que foram feitos com carinho. Desconfio que talvez ele não soubesse o que é pé palito. Ficaram bem bonitinhos e resolvi ficar feliz com esses mesmo.
Mas porque o pé? Para tirar a cara de mobiliário planejado que esse móvel tinha. Queria que ficasse com aspecto de móvel solto, sabe?

A segunda etapa foi corrigir as imperfeições oriundas da transformação. Ele tinha ficado com uns furinhos na lateral, onde ficava preso à parte que continuou sendo rack. Como tirei os puxadores originais, que exigiam dois furos, para colocar um redondinho, ficou com um furinho a mais. Resolvi com massa para madeira. Passei com a espátula, esperei secar e depois lixei para uniformizar a superfície.
Existem massas de diferentes tons de madeira. Mas eu já tinha uma que comprei quando reformei a mesinha amarela, foi essa que usei, mesmo sendo num tom tão diferente. Não tive problemas no resultado final.

A terceira etapa foi cobrir de fita crepe as partes que a tinta não deveria pegar, sobretudo, os pés!


Quarta etapa: pintura! Para fazer uma coisinha muito bem feitinha, bonitinha, siga as instruções da Thalita, do Casa de Colorir, aqui.
Como esse móvel ia ficar em ambiente interno, optei por usar tinta à base de água, que facilita na limpeza da sujeira depois (inclusive minha mão).
As minhas salas - de estar e jantar, integradas - seguem a paleta das cores primárias (amarelo, vermelho e azul) e das escalas de luz (branco, preto e cinza). Como duas paredes do jantar e o sofá são cinzas, a mesinha lateral é amarela, os puffs são vermelhos, decidi que o buffet seria azul. A cor escolhida foi o Céu de Brigadeiro, da Coral.
Uma pequena observação: siga as instruções da lata de tinta. Algumas mandam esperar 20 dias para apoiar algo em cima. É melhor respeitar o prazo!

Quinta e última etapa: colocar os puxadores.
Na minha humilde opinião, um ambiente decorado com cores primárias tende a ser frio. Então, para quebrar a frieza, senti necessidade de trazer pontos de romantismo para minha sala. Por isso, escolhi um puxador fru fru de florzinha.


Era para ser um buffet e está em local de destaque na sala de jantar. Mas acabou que no final das contas, ele não guarda minhas louças coisa nenhuma. Abriga meu material de casa e artesanato: pistola de cola quente, tecidos, potes e vidros a serem reciclados, lixas, contact, revistas de decoração... E em cima, abriga objetos que me identificam: câmera dos anos 80 usada para filmar minha infância, máscara do teatro, livros de arte e uma tela minha.


Está vendo o sapo ali ao lado? Ganhei de uma tia quando me mudei. Não é um amor?

4 de novembro de 2012

A mesinha amarela

Era década de 70, quando meus tios resolveram casar e montar a casinha deles.  Compraram 3 mesinhas laterais. Não, não sei onde elas ficavam. Eu ainda nem estava sonhando em nascer, quanto mais em conhecer a casa deles de então.
Sei que os anos se passaram, eles foram mudando - e a casa deles também. E três mesinhas deixaram de fazer sentido. Ficaram com duas - uma em cada lado do sofá. E a terceira, foi para a área de serviço da minha mãe, onde ficou aposentada e com o vidro quebrado por um bom tempo.
Até que eu me mudei e decidi dar um novo destino para a pobre mesinha. Bom para mim, que ganhei uma mesinha gastando só o material da reforma. E bom para mamãe, que se livrou de um entulho.

Olha com que cara ela entrou na Casa de Amados:


Tinha uma borda de metal, está vendo? Em um dos lados, o metal já estava solto. Arranquei com a mão mesmo. Mas a cola de 35, 40 anos atrás não veio com o dito cujo. Ficou no móvel.


Aproveitei para arrancar os outros lados, com a ajuda da ponta do estilete. Foi até fácil essa parte. O difícil ainda estava por vir: retirar a cola. Essa parte me deu muito, mas muuuuuuuuuuito trabalho! A lixa grossa sozinha não estava dando conta do recado. Tive que apelar para outra técnica - raspar com estilete. Isso me tomou algumas horas - para não dizer dias, já que o tempo que eu tinha para me dedicar ao móvel era curto.
Depois, passei para uma lixada. Uma lixada de verdade, com vontade. Daquelas de deixar o braço doendo.
As partes machucadas pelo tempo, eu resolvi com massa para madeira. Passei com espátula e deixei secar. Depois, lixei de novo para uniformizar a superfície.

Em seguida, passei um pano úmido para tirar toda a poeira. Para pintar, usei tinta PVA para artesanato fosca.

Uma dica, antes de prosseguir: alguns dias antes de eu começar a pintar a mesinha, a Thalita, do Casa de Colorir, publicou um tutorial excelente, muito bem explicado, de Como pintar um móvel estilo Casas Bahia. Está certo que essa mesinha não era estilo Casas Bahia, mas porque não aproveitar as dicas de quem entende do assunto muito mais do que eu? Então, se você quer pintar um móvel, vale a pena conferir esse post da Thalita. Foi o que eu fiz!

A primeira demão fica feia mesmo, não se assustem!


Reparou nesse metalzinho que tem no pequeno vão? A tinta não pegou. Teve gente que me perguntou porque eu não tirei esses também, como tinha feito com os de cima. Aqueles estavam meio soltos. Esses aí, não. E com o pouco espaço que eu tinha para meter o estilete, a chance de fazer um estrago e não conseguir tirar era enorme. Seria uma operação arriscada.
Mas como nesta vida tudo tem solução, era só pensar um pouquinho que o problema se resolveria.

A solução se apresentou com um nome: papel adesivo. Não foi o contact, meu amado desde os tempos da casa da minha mãe. Foi o da marca Alkor. É um pouco mais caro que o contact, mas tem uma textura que parece papel de parede. Neste caso, eu comprei este porque gostei da estampa.




Acabou? Não! Tem mais!

Lembra que eu falei lá em cima, que a mesinha estava aposentada com o vidro quebrado? Era só uma pontinha, na verdade. O faz-tudo do prédio da minha mãe quebrou meu galho fazendo um remendo. Funcionou mais ou menos, porque depois ele se soltou. Se eu colasse de novo, era capaz de soltar mais uma vez. E convenhamos, embora fosse pequenininho, não era uma coisa lá muito bonita, e eu colocava a cuia de chimarrão (que eu uso como porta lápis) para tampar.

De novo, o adesivo alkor entrou em cena, para prender e tampar o remendo:









 Agora a mesinha está terminada e fazendo charme ao lado do meu sofá cinza.


A mesinha pergunta para vocês:

- E aí, gostaram do meu visual novo?

1 de novembro de 2012

A história do rack

Conhece o tal do meio caminho andado? Pois é. Encontrei o dito cujo aqui no apartamento quando me mudei para cá. Antes de mim, aqui morou a minha tia e ela fez móveis planejados na casa inteira. Sou grata a ela, porque isso me poupou dinheiro e reconheço que são móveis bons.

Acontece que cada pessoa tem um gosto e necessidades diferentes. Eu particularmente, não teria feito móvel planejado na sala. Mas quando vim para a Casa de Amados, tinha um rack enorme aqui. E eu não estava lá muito feliz com ele. Primeiro, por uma questão de estilo: eu gosto de racks simples e pequenos. Segundo, porque ele impedia a criação de um canto de leitura que eu fazia questão de ter.
Precisava mudar!

Era era assim, ó:



Olha como ele ocupava duas paredes. Eu queria um canto de leitura na parte que tem os nichos. Aproveitem para reparar na cortina no cantinho direito. Ali é a minha varanda.

Chamei um marceneiro para executar a primeira parte da minha ideia. O pedaço da segunda parede, onde tinha os nichos foi retirado, bem como as prateleiras e as gavetas à esquerda.


Depois de algumas semanas, ele ficou assim:





Reparou nos detalhes?
1- À direita, como o móvel não era reto, por causa da angulação da parede, ele ganhou essas pequenas prateleiras, para dar um melhor acabamento.
2- À esquerda, onde ficavam as gavetas, agora moram um puff e o relógio cuco, que não aparece direito na foto, só o "rabinho".
3- Alguém notou o Pense Bem ali embaixo? É, quis deixar registrado que aqui mora alguém que foi criança no início dos anos 90.
4 - As portas!

Mas o que o marceneiro fez ali?
O marceneiro não fez nada. Aí é que entra o tal do faça-você-mesmo!

Olhem mais de perto:


Eu não me indentificava com cor das portas nem com os puxadores. Resolvi o problema com contact de bolinhas + puxadores novos.

O passo-a-passo para colar o contact tem aqui, no post de A Casa que a Minha Vó Queria, da Ana Medeiros. Ela recomenda a fazer espuma com esponja na fórmica.  Esse móvel não é de fórmica, mas a técnica deu muito certo no mdf. Esse é o segredo para não formar bolha!
Só fiz uma coisa diferente: não cortei as sobras com estilete. As sobras eu dobrei para dentro, e lixei por cima da dobrinha com lixa fina 150. A sobra se solta e eu achei que com essa técnica eu teria menos chance de errar.

Agora eu tenho uma cadeira e uma mesinha para ler! Tenho um cantinho de leitura para chamar de meu!
Ah, lembra que eu falei onde era a varanda aí em cima? Ela é a fonte de luz que tenho. Reparei que desde que dimunuí o móvel, o apartamento ficou bem mais claro, já que não há mais barreira para a luz. Isso fez muita diferença no ambiente.

Dona Juliana, e as partes que "sobraram do móvel"? NADA foi para o lixo, te garanto. As gavetas estão guardadas, mas já tem destino certo. As ripas viraram um pequeno armário na área de serviço onde guardo a tábua de passar, a vassoura, os sacos de supermercado e produtos de limpeza.



Qualquer dúvida, é só perguntar nos comentários.
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