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24 de fevereiro de 2013

O quadrinho que conta minha história

Imagem: Boutique de Achados
 

Vocês já devem estar cansados de saber que eu defendo que a nossa casa tem que ter nossas referências, objetos que contem alguma história. Coisas que indiquem um pouco do que nós somos. Deixei isso claro com os mimos parte 1  e 2.
Mas esse objeto que mostro para vocês hoje vai muito além de um pequeno mimo com uma historinha fofa. Está mais para uma governanta, daquelas bem rígidas. Como pode um quadrinho de telefone ser rígido? Senta aí que vou te contar um pouquinho da minha história.
Eu tive meningite com 1 ano e 8 meses. Não perdi a vida, mas perdi a audição. Dos males, o menor, graças a Deus. Mas eu tive a sorte de ter tido os pais que tive. Eles não sossegaram enquanto eu não me oralizasse. Estudei em colégio regular e cursei a  universidade usando apenas a leitura labial. Sempre tive facilidade para me comunicar sem o apoio auditivo, mas isso não quer dizer que eu recusaria o vento se a vida resolvesse soprar a meu favor.
E não é que um sopro lindo bateu à minha porta quando eu tinha 20 anos? Consegui fazer o implante coclear. Se você nunca ouviu falar, mas se interessou pelo assunto, no Wikipédia tem um resumo, clique aqui.
Com o implante, a minha audição, quando estou com o aparelho externo ligado, fica bem próxima a de um ouvinte. Só que eu a perdi ainda bem pequena e fiquei quase 18 anos no silêncio. Consequentemente, não desenvolvi a memória auditiva. Eu tive e ainda tenho que aprender a ouvir. A grosso modo, é como aprender um idioma novo, daqueles bem difíceis, tipo árabe ou mandarim. Na época que passei por uma avaliação multidisciplinar, antes de passar pela cirurgia, as fonoaudiólogas e as psicólogas me dizeram que dificilmente eu falaria no telefone, mas que isso não queria dizer que eu não poderia tentar.
Ao longo desse tempo, eu já tentei várias vezes, poucas delas com sucesso. Mas eu não me importo. Cada vez que eu consigo é uma vitória indescritível! Em meados de 2010, gostava muito de falar com dois amigos, mas depois eles saíram do Rio de Janeiro e esse tipo de comunicação ficou bem dificultada.
Desde que eu saí de casa para morar sozinha, a necessidade de treinar mais, me esforçar mais, começou a falar bem alto dentro de mim. Determinei que sempre que desse, ao invés de mandar torpedo para minha mãe, eu deveria ligar. Se desse certo, ótimo. Se não funcionasse, aí sim, recorreria ao torpedo. Fracassei várias vezes. Mas também já saí saltitando pela casa por ter conseguido manter uma conversa por 5 minutos, o que é muito para mim. Ultimamente, tenho arriscado falar com alguns amigos. Falar no telefone me exige um esforço sobrenatural, tenho que estar muito concentrada, num ambiente silencioso; então é natural que às vezes eu queira recorrer ao torpedo de primeira. Se eu estiver cansada, então...

Onde entra o quadrinho?

Tem um blog fofíssimo, cheio de ambientes inspiradores, o Achados de Decoração, da Carmen Martins, conhece? Através desse blog, conheci a loja virtual da Carmen, a Boutique de Achados. Tem muita coisa fofa lá, que dá vontade de apertar a bochecha dos objetos - se eles a tivessem. Um dia, passeando pela loja, dei de cara com esse quadrinho de telefone antiguinho. Gente, eu AMEI! Era como se ele dizesse para mim:
- Você tem que ligar mais vezes. Você tem que treinar! Abandone essa preguiça. Já para o telefone!

Além de me dar um alerta cada vez que olho para ele, ainda tem esse ar retrô! Muito a minha cara, não?


Esse post não é um publieditorial. Apenas quis mostrar para vocês um objeto novo que conta uma parte marcante da minha história e do meu dia a dia.

14 de fevereiro de 2013

Mesinha de cabeceira

Tempos atrás ganhei uma mesinha redonda com pés palito. Mas na casa da minha mãe não tinha onde colocar, então a mesinha foi desmontada e guardada. Quando me mudei, ela veio comigo e virou minha mesinha de cabeceira.
A bichinha tinha um problema: é de má qualidade. Os pés nem tanto, mas a tábua redonda é de compensado de madeira, que mais parece serragem solta. Por isso, ela ficou esses meses todos  coberta com uma toalha. Mas era um pecado maior que a gula deixar três pés palito cobertos. A mesa teria que se despir, se valorizar. E para isso, uma intervenção seria necessária.
 
 


Levei a mesinha para a varanda. Decidi pintá-la de azul, porque já tinha a tinta dando sopa aqui em casa - foi sobra do Céu de Brigadeiro, da Coral, que usei no pseudo-buffet.
 
 



Todos nós sabemos que o recomendado é lixar a peça antes de pintar. Mas não tive coragem. Olhem a textura da tábua. Fiquei com medo de esfarelar tudo e fazer uma mega lambança. Deixei quieto e passei a tinta por cima. Ao todo foram 3 demãos.


Como a textura estava uó, eu não tive como deixar só pintado. Continuava feio e chamando a atenção. Apelei para o papel adesivo da marca Alkor e colei na parte de cima. Na lateral, fica aparecendo a textura feia, mas não ficou tão gritante, dá para passar batido.
Gostei do contraponto dessa estampa com o azul. Achei que ficou romântico e trouxe um toque de fofurice para um quarto com móveis modernos.


A mesinha já desnuda, no seu devido lugar: abrigando a luminária, a moringa da Mafalda, um relógio-de-pulso-de-parede-que-também-pode-ficar-apoiado e um livrinho de cabeceira.


Aí está um pedacinho-inho do meu quarto. Ainda mostrarei ele todinho para vocês. Mas por enquanto, foco na mesinha de cabeceira. Ela é a protagonista do capítulo de hoje!

11 de fevereiro de 2013

A sala da Sandra e do Franklin

Eu conheci a Sandra estudando fotografia. Estreitamos os laços quando ela passou a me oferecer carona e voltávamos das aulas conversando. Muito gente boa, ela.
Até que um dia, numa reunião, eu conheci a casa dela. Gente, me apaixonei! Aconchegante e coloridinha. Era visível o toque de amor que cada cantinho da sala recebeu. O ambiente tinha aquele ar de: "pode entrar, você está sendo abraçado". Nem preciso dizer em que clima transcorreu aquela reunião, né? Mais aconchegante, impossível!
Eu ainda não imaginava que alguns meses depois já teria um cafofo para chamar de meu. Mas o meu íntimo já estava envolvido com o mundo da decoração, e jamais me esqueci daquela sala. E agora, com o blog no ar, me deu vontade de mostrar um pedaço dessa casa de verdade para vocês. Perguntei à Sandra, se ela concordava em mostrar a salinha dela aqui no blog, ela aceitou e me mandou as fotos. É uma fofa, ou não é?

 
 
Visão geral da sala de estar. Já deu para sentir o clima aconchegante? Muitos móveis de madeira, sem contudo, deixar o ambiente pesado. Repare nos detalhes: as almofadas estampadas e a Torre Eiffel vermelha dão um toque de cor ao ambiente. As plantinhas e os livros na mesa de centro dizem "aqui tem vida!".
 



 Foto de outro ângulo. O gatinho cinza estava presente na reunião em que conheci esta casa.


 
Quando a Sandra respondeu o meu e-mail, ela disse que a sala tinha passado por umas modificações, para receber aquele armário, ao fundo. Foi feito pelo Franklin, o marido, segundo ela, "um artesão de mão cheia". Bota cheia nisso! Não é lindo o armário?
Outra coisa que merece uma grande observação é a poltrona. Ela não estava lá quando eu conheci essa casa. Achei que foi uma felicíssima escolha - esse coloridão fez um contraponto com o sofá branco e os móveis neutros. E tem pés palitos que me remetem aos anos 50. Já contei para vocês que queria ter vivido os anos 50?
 

 
Essa foto é para vocês verem os detalhes, mesmo que seja difícil. Estão vendo os nichos que abrigam os CDs? Viram que tem uma foto ali em baixo? Então, a Sandra, ela tem um trabalho muito interessante. Não fica só na fotografia. Ela fotografa e pinta as fotos. O efeito é bem bacanudo! Esse aí é o neto dela, Miguel. Segundo a Sandra, ele é um amante da música, e essa imagem do menino com um fone tinha tudo a ver com o cantinho dos CDs. Não é uma enorme referência? Não tem como não entrar nessa casa, olhar para essa imagem e não ter certeza de que se está na casa da Sandra.
Viu os pratinhos na parede? Eles trazem um quê de romantismo ao ambiente, vocês não acham?
Agora olhem para a mesa de centro. Viram o letreiro dos Beatles? Tudo a ver com moradores que amam música. E a mini câmera fotográfica antigona? Eu sei que está difícil de ver, mas faça um esforcinho aí! Está perto dos livros à esquerda. A cara da moradora. 



 

Estilo é para poucos, mas pode ser para todos. É só abrir sua visão para novas possibilidades. Olha essa prateleira lá no teto só para abrigar mimos. Sacada de mestre!
 


 Outro ângulo da sala - o jantar. Esse cantinho prova que aqui ninguém tem medo das cores. O vermelho da parede faz um contraste bem interessante. O caminho de mesa é bem colorido, reparou no enfeite? Ao invés das tradicionais flores, a Sandra inovou e colocou velas. Amei esse arranjo, bem fora do lugar comum!
Quando eu perguntei para a Sandra se ela poderia contar a história de algum objeto da sala, ela me contou a desse quadro de ciclista:
'Um dia estava passeando com minha filha e me apaixonei pelo quadro do ciclista carregando um coelho na garupa do artista plástico Alemão. Eu queria dar um toque alegre, de casa de "Vovucha" para o Miguel, aliás na porta do ap tem uma placa de Madeira escrito "Casa da Vovucha".'
O quadro é lindo, mas a historinha é mais linda ainda. Ótima sacada, Sandra, acho que você conseguiu o seu intento!
Você reparou na luminária que aparece nessa foto e na anterior? Ela dá um toque moderno a um ambiente aconchegante. Sempre acredito que esse tipo de combinação costuma ser feliz.


Me amarrei no espelho. Não creio que tenha sido proposital, mas ele me lembra um cavalete. E um cavalete combina muito com quem pinta fotos.


Não é porque é corredor, que tem que ficar esquecido. A Sandra também presenteou-o com mimos!


Agora me diz se essa casa não merece aplausos? Também se sentiu abraçado?

5 de fevereiro de 2013

Mimos da casa - parte 2

Lembra quando eu falei da importância das nossas referências? Que os mimos da casa podem falar - e muito  de quem somos nós? Se você é novo aqui e não sabe do que estou falando, clique aqui.
Naquele dia, combinei com vocês que mostraria um cômodo por vez, e mostrei os queridinhos da cozinha. Hoje é a vez da sala. Só que como eu tenho o estar, o jantar e o cantinho de leitura, tudo integrado num ambiente só, ficaria muita imagem para carregar, e consequentemente, muita informação de uma vez só. Vou mostrar o estar apenas. O jantar e o cantinho de leitura ficarão para depois.

Teve gente que reclamou que eu nunca tinha mostrado a visão geral da minha sala. Então, antes que eu leve outro puxão de orelha, vou mostrar a minha salinha querida.

Vista da porta/ do jantar

Vista da varanda/ do estar
Uma vez uma amiga me disse: "Está faltando um tapete na sua sala". Concordo, mas vai ficar faltando. Sou alérgica a ácaros, e não estou disposta a ficar fungando e coçando nariz em prol da beleza. Nossa casa tem que ser bonita, mas tem que ser antes de tudo, funcional e atender às nossas necessidades.
Talvez vocês achem que falta uma mesa de centro. Não pretendo ter. Faço ginástica artística e adoro ter um espacinho para pular (abafa) e treinar elasticidade. O que uma mesa de centro vai fazer aqui? Me atrapalhar. Quero não. Prefiro meus pulinhos e meus espacates.

Salinha mostrada, vamos ao que interessa?

 
 


Quem nasceu nos anos 80 conhece bem esse brinquedo que marcou uma geração: o Pense Bem. Ele remete a uma lembrança gostosa da infância, quando as crianças trocavam os livrinhos, para variar os exerícios propostos pelo brinquedo. Era uma forma bem divertida de aprender sobre matemática, ciências e assuntos variados.
Em cima, é uma mini escultura de resina. Quando comprei, na loja, ela tinha a palavra yoga como referência. Mas eu vejo uma ginasta, com um espacate que eu pretendo conseguir fazer um dia. Tinha que deixar à mostra meu lado pseudo-ginasta, não tinha?




Esses três quadros são trabalhos fotográficos meus inspirados em 3 obras do holandês Johannes Vermeer, que viveu no século XVII. Na ordem, Moça Moça com colar de pérola, Moça lendo carta e Leitora à janela.  Clicando em cada nome você vê as imagens originais que serviram de ponto de partida. Me inspirando um pouco em Mondrian também, resolvi trabalhar com as cores primárias: amarelo, azul e vermelho. Esse trabalho é o meu xodó, e sabia que o dia que eu tivesse a minha casinha, ele teria lugar de destaque na parede do sofá!
Cada foto mede 40X50.

 
Esse cisne tem história. E que história! Comprei de um vendedor ambulante, em Buenos Aires, por 5 pesos. Achei fantástico porque é feito com passagens de metrô. Só que na hora de voltar, eu esqueci o queridinho no hotel. E não é que eles me mandaram por correio, sem cobrar 1 centavo por isso? Se antes disso eu já tinha uma queda pela Argentina, depois dessa, esse país lindo de morrer ganhou meu coração de vez! Ele morou um bom tempo numa prateleira do meu quarto. Mas depois que vim para a Casa de Amados, ele foi promovido e agora faz bonito no meu rack.
 

 
Acredita que isso aí na verdade é um apontador? Ganhei da Fabiana, uma menina que estudou comigo na pós graduação. Ela disse que tinha a minha cara, deve ser por conta desse arzinho retrô. Não é um amor? Tenho dó de usá-lo como apontador, e deixo-o enfeitando a mesinha amarela.
 


Lhama! Comprei num museu em Cusco, Peru. Tinha que ter alguma coisa do Peru aqui em casa, não tinha? Oh, viagem inesquecível! O Peru é tão, mas tão mágico, que às vezes ainda me pego suspirando, quando vejo fotos ou quando me lembro de algo da viagem.


 
Eu nunca fui a Paris, mas essa torrezinha é a prova de que eu tenho amigos que não se esquecem de mim nem quando viajam. Era um chaveirinho, mas eu transformei numa miniatura que faz bonito na mesinha amarela. Quem me deu foi a Aline, que comenta aqui de vez em quando. A mesma que foi se divertir comigo nas alturas peruanas e na elegante Santiago.


Eu sei que a cuia foi feita para tomar chimarrão. Mas eu não sou gaúcha, mate para mim é gelado e adoçado. Mas nem por isso eu viajaria a Porto Alegre e não traria uma cuia. Desvio de função aí, minha gente! Porta lápis para tornar a vida na sala bem mais prática. A canetinha à esquerda eu trouxe do Peru, as outras duas, do Chile. Sendo que a primeira à direita, representa o Rappa Nui, da Ilha de Páscoa.


O elefantinho de pedra sabão veio de uma viagem que fiz a Ouro Preto, no início da faculdade. Sim, ele está com a bundinha virada para a porta. Não que eu acredite nisso, mas se não fizer bem, mal não vai fazer, né?



Os aviões:

Para quem não sabe, eu sou filha de aviador. Isso sempre me encheu de orgulho. Eu chegava na escola e não tinha ninguém com um pai com a profissão igual ao do meu. (Será que o dia que eu tiver um filho, ele terá orgulho de ser filho de uma museóloga?).
Gosto muito de ter referências do meu pai aqui em casa. E nada melhor que aviões!

O primeiro é brinquedinho de loja de 1,99. Custou algo perto dos 5 reais. E o segundo, é um brinquedinho artesanal que comprei durante uma exposição que teve na Sala do Artista Popular, no Museu de Folclore Edison Carneiro.






 
As câmeras:
 
Sou pós graduada em fotografia. E  gostaria que esse meu lado também estivesse presente e visível aqui em casa.
 
 
Essa câmera meu pai trouxe dos Estados Unidos, numa das viagens a trabalho e ela registrou boa parte da minha infância. Impossível riscá-la da minha história.
 

Simples maquininhas dos anos 90/ início de 2000. A da esquerda, era da minha prima, e ela me deu especificamente para decorar o cafofo novo. A da direita, foi a primeira câmera que minha mãe me deu. Ruim, mas me deu a liberdade de fotografar o que eu quisesse - afinal, meus pais não me deixavam mexer na câmera aí de cima. A primeira câmera a gente nunca esquece, né?




Já essas duas acima e abaixo, não tem história, não. Comprei na feirinha da Praça XV para fazer charme. Mas o meu sonho meeeeeeeeeesmo é uma polaroid, uma rolleflex e uma leica. Um dia, quem sabe? Será que já posso dizer que coleciono câmeras?

 
 
E aí? Se anima a me mostrar os mimos da sua sala?


31 de janeiro de 2013

Projetinhos de 5 minutos: os milagres do contact

Eu comecei a colocar a mão na massa antes de me mudar. Eram projetos simples, mas que fizeram grande diferença no meu quarto, ainda na casa da minha mãe. Na época, eu, que ainda não tinha um blog, publiquei algumas coisas no meu mural, no facebook.
Mas refletindo, achei que devia mostrar para vocês esses projetinhos. Porque são simples, qualquer um pode fazer e os custos muitas vezes não chegaram a 5 reais.

Hoje mostrarei 2 coisinhas que fiz com o contact. Eles são muito versáteis, não?


Projeto 1: luminária

Eu gosto muito de ler. Embora eu leia em qualquer lugar, seja em pé no metrô, na rede da varanda, no sofá da sala de espera do médico; é inevitável ler algumas paginazinhas antes de dormir. Por isso precisava de uma luminária mais potente e não daquela luzinha aconchegante do abajur. Daí, na hora de comprar uma, não tive como fugir da cara de escritório. Pensei em pintar, mas achei que não resolveria meu problema, continuaria com cara de home office no mínimo.
A solução? Contact preto+ furador de papel!



Projeto 2: latinhas

No meu último ano na casa da minha mãe, comecei a pintar telas, e consequentemente, a comprar tubinhos e mais tubinhos de tinta que estavam começando a ficar espalhados. Duas latinhas de biscoito + contact estampado que me apaixonei, porque me remeteu ao século XIX. Pronto, as tintas foram salvas da zona e ainda decorei a minha mesinha-ateliê de então.



Esses projetinhos são rápidos. Daqueles que eliminam qualquer desculpa, porque você pode fazer mesmo quando está com sono. E não são projetos meramente decorativos. Eles embelezam um objeto funcional.
Essas peças aí são tão, mas tão funcionais, que continuam comigo, agora no endereço novo. Abro mão, não.

E você? Disposto a "perder" 5 minutinhos do seu tempo?

27 de janeiro de 2013

Banheiro personalizado

Pelo que eu observei ao longo da vida, e também, em revistas, geralmente o banheiro não recebe tanta atenção na hora de decorar. Geralmente as pessoas se contentam com um armário planejado (branco ou na cor de madeira, dependendo da época), o azulejo da moda, e só.
Aqui em casa o banheiro não tinha cor nenhuma. Bem, para não dizer nenhuma, o que dava a cor eram as toalhas - quando estas eram coloridas.
Mas os finais de semana servem para mudar cenários. E o banheiro foi a peça da vez.


Esse é o resultado final. Impossível ir ao banheiro, lavar a mão, fazer pipi, tomar banho e não ficar admirando o projeto. Ficou com a minha carinha!


O antes:


Ele era assim. Arrumadinho, bonitinho, conservadinho. Mas era branco e tradicional. Muito nada a ver para quem sonha em ter uma penteadeira de bancada.
Queria mudar, mas fiquei esses meses todos me perguntando como. Já tinha feito os azulejos na cozinha, não queria repeti-los no banheiro. Até que me lembrei que há algum tempo, a Rafaela Fajardo, do Casa Montada, postou o banheiro reformado por ela, o "Banheiro para Damas".
Apesar de termos tido ideias bem diferentes, a postagem da Rafa me deu ânimo e inspiração.






Esses eram os puxadores originais. Me incomodavam, acho-os frios.


Como o móvel é da Todeschini, ele tinha 2 adesivos desse - um na porta e outro nas gavetas. Arranquei-os.




Agora que vocês já viram o antes, vamos ao durante?

Material:
- Contact liso lilás
- Contact lilás de poás brancos
- 2 puxadores coloniais para as portas
- 4 puxadores coloniais para as gavetas
- Esponja úmida com sabão
- Estilete
- Lixa
- Trena


O primeiro passo, obviamente é tirar os puxadores. Com o contact já medido e cortado com alguma sobra para todos os lados, passei a esponja com o sabão no móvel. É uma técnica que aprendi com a Ana Medeiros, da Casa que a Minha Vó Queria e que funciona muito. Evita que as bolhas se formem e você ainda consegue dar uma ajeitadinha sem fazer estragos. Se você estiver se perguntando se não escorrega, se fica saindo, não se preocupe, que a resposta é não! E depois que seca, cola mesmo.
Mas se você é daqueles que só acreditam vendo, aí vai uma foto para tranquilizar seu coração.


O próximo passo é colar o contact. Apesar da técnica do sabão funcionar horrores, eu recomendo usar a espátula também. Ela garante um trabalho mais bem acabado, sobretudo nas áreas maiores, como a porta e a lateral do móvel. Nas gavetas, não há tanta necessidade, mas eu usei.

Na hora de cortar, eu não usei estilete, porque a chance de eu fazer uma lambança e cortar tudo torto era grande. Preferi dobrar onde deveria ser cortado e lixar a dobra com lixa fina n°180. Daí é só puxar o resto, sem medo de ficar torto. Pena que não tenho foto dessa etapa para mostrar melhor como funciona essa técnica da lixa. Mas se não tiver ficado claro para você, pode me perguntar à vontade.

Contact colado, lixado, ops, cortado. É hora de partir para os puxadores. Coloniais!










O armário estava pronto! Mas a pessoa aqui não quis parar por aqui. Queria que o banheiro também tivesse a arte presente. Postais publicitários + porta retratos de loja de 1,99 = quadrinhos. Banheiros também merecem enfeites na parede, concorda? Coloquei-os em cima da toalha de rosto.





O primeiro à esquerda, ainda não foi para parede, porque acabou a minha fita banana. É uma foto de Flávio Damm, um fotógrafo que tem livros publicados. Ele me deu uma aula na pós graduação, por isso, quando eu vi esse postal, achei que tinha que pegá-lo. É propaganda de uma exposição dele que teve na Caixa Cultural, se não me engano. O primeiro à direita, Aluísio Carvão, o mestre das cores da arte contemporânea brasileira. O de baixo à esquerda, é um monte de nomes de cineastas. Mas o que me chama a atenção sempre que bato o olho ali é o de Jan Renoir. E o de baixo à direita, temos os nomes de Fiódor Dostoiévski e Oswaldo Goeldi.
Resumindo: na parede tem referência à fotografia, ao cinema, à literatura e às artes plásticas.

Fixa forte:

Aquela fita verde neon não funcionou muito no banheiro, acredito que seja por causa do vapor do chuveiro. O quadrinho fica uns 2 meses e cai. Mas como eu tenho 2 azulejos decorados que trouxe do Chile, e pendurei com aqueles ganchos adesivos, e eles estão aqui desde que me mudei e  nunca caíram, achei que devia fazer outra tentativa.
Observei que o Bom Ar Click Spray fixava muito bem  no azulejo com uma fita que parecia o fixa forte de espuma. Foi esse que usei desta vez e ainda não posso dar um retorno se funcionou. Por enquanto os quadrinhos estão na parede.
Por ora, foi só isso que eu fiz. Mas nada me impede de daqui a algum tempo entrar na onda da Vivi, do Decorviva e colocar cobogós no blindex.
Agora posso dizer que todos os cômodos da casa já receberam um dedo meu! Imaginem a minha carinha de menina feliz!



20 de janeiro de 2013

Parede do cantinho de leitura

Como devoradora de livros que sou, uma das coisas que mais fazia questão de ter aqui em casa era um cantinho de leitura. Isso foi possível quando diminuí o rack e liberei uma parede para uma poltrona e uma luminária de pé (que ainda hei de ter). Uma poltroninha com cara de cadeira - ou seria uma cadeira com cara de poltrona? - no lugar, uma mesinha com abajur, eu já podia dizer que tinha um cantinho de leitura.
Confesso que minha casa tomou forma muito rápido. No primeiro momento, tive pressa de decorar, modificar algumas coisas, porque precisava me identificar, me sentir em casa. Modificar o rack, pintar as paredes e comprar móveis essenciais (o sofá e a mesa de jantar) foram as primeiras preocupações. Depois disso, eu sabia que essa casa já tinha a minha cara, que ela era meu refúgio. A partir daí, a calma passou a ser o lema. E com essa calma, o cantinho de leitura ficou com uma parede branca do tédio até ontem.



Por ser um cantinho de leitura, é um cantinho de aquisição de conhecimentos, né? Então, eu queria que ele tivesse um ar mais cult, mas retrô. Com referências à literatura e ao cinema.




1- O vermelhinho no topo é um dos pôsters que estavam à venda na Casa de Pablo Neruda, em Ilha Negra, que eu trouxe da viagem que fiz ao Chile, em agosto do ano passado. A moldura é da Tok Stok.

2- O Mágico de Oz e Amélie Poulain são dois filmes que moram no meu coração. Adoro filmes que mostram coisas que realmente valem a pena - o amor pela família e por quem cruza seu caminho, acreditar no seu potencial, e claro valorizar os pequenos prazeres, tipo enviar a mão num saco de grãos. Ambos os filmes me passam a mensagem de que a vida e bela e devo aproveitá-la ao máximo. Nada como tê-los na parede para me lembrar desse recadinho! A Amélie, como eu queria que os escritos estivessem no idioma original, o francês, eu peguei a imagem na internet e mandei imprimir em papel couché. Já O Mágico de Oz,  xeroquei o meu dvd em papel couché também. As molduras são tamanho 30 X 40, e comprei na madeira crua, no Saara. Pintei com uma tinta acrílica que tinha dando sopa aqui em casa e deu certo.

3- Jogo americano com os anos 50 estampado. Minha mãe viu vendendo na Tok Stok, achou que tinha a minha cara (e como tinha!) e comprou para mim, algum tempo atrás. Mas e eu achava moldura pro dito cujo? Estava à procura, até que um dia, pesquisando nessa blogsfera, achei uma postagem da Renata, que escreve o Mulher Vitrola, em que ela mostrava uma moldura que ela tinha feito com papelão e tecido. Mandei um e-mail para ela perguntando como tinha feito, se tinha algum passo-a-passo. Solícita, como só ela, me respondeu com um link para um vídeo do programa Mais Você. O tutorial é de moldura para espelho, mas nada que não possamos adaptar. Cheguei a comprar o tecido, mas na última hora, resolvi usar contact e deu certo. Está a coisa mais bem feita do mundo? Não, não está. Eu vejo pequenos defeitos, mas no conjunto, acho que deu um visual legal e não chama tanta atenção assim.

De perto:



Como atrás dessa parede fica o tanque, eu fiquei com medo de furar. Usei velcros para quadros da 3M - Command, conhece? São caros, mas acho que valeu muito a pena evitar uma possível dor de cabeça se furasse algum cano.

Ainda tenho paredes brancas clamando por socorro, mas como eu disse lá em cima: um passo de cada vez!


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