"Uai, essa garota pirou! Ela agora vai ficar mostrando pra gente o que tá na moda e o que não tá?" Não, não vou. Podem ficar sossegados, que eu não estou aqui para ditar tendências. A minha proposta de hoje é trazer uma reflexão sobre tendências. E mostrar a vocês o porque que eu acho que não devemos olhar torto para elas.
TENDÊNCIA NÃO É LISTA DE SUPERMERCADO
Se nós sempre falamos de casas com personalidade, de casas de verdade, que tenham a cara do morador, é óbvio que não é para você sair copiando todas as tendências e sair comprando tudo que está na moda, como se estivesse com uma lista de supermercado em mãos.
Mas também não é para você torcer o nariz para aquilo que é tendência pelo simples fato de ser uma tendência. Não precisamos demonizar algo só porque está em alta, não é?
SE EU NÃO DEVO SAIR COMPRANDO TUDO QUE ESTÁ NA MODA, O QUE EU FAÇO COM A TENDÊNCIA?
Descubra novas possibilidades. Quando uma coisa está em alta, vemos aquilo pipocando por todos os lados: nas revistas de decor, nos blogs, no Pinterest, no Instagram, nas lojas. Mas nem todo mundo faz a mesma leitura daquilo que está em alta, e você verá a mesma coisa contextualizada no ambiente de maneiras diferentes.
Exemplo: cabideiro Hang It All, Eames. Tem quem ponha atrás na porta, em quarto infantil, no hall de entrada. Aqui em casa, ele fica no meu quarto, entre o espelho e o quadro que eu pintei, munida com as lembranças e sensações da viagem que fiz ao Peru.
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Cadeira EAMES. Imagem: Casa Design Studio. |
TENDÊNCIA NÃO É LISTA DE SUPERMERCADO
Se nós sempre falamos de casas com personalidade, de casas de verdade, que tenham a cara do morador, é óbvio que não é para você sair copiando todas as tendências e sair comprando tudo que está na moda, como se estivesse com uma lista de supermercado em mãos.
Mas também não é para você torcer o nariz para aquilo que é tendência pelo simples fato de ser uma tendência. Não precisamos demonizar algo só porque está em alta, não é?
SE EU NÃO DEVO SAIR COMPRANDO TUDO QUE ESTÁ NA MODA, O QUE EU FAÇO COM A TENDÊNCIA?
Descubra novas possibilidades. Quando uma coisa está em alta, vemos aquilo pipocando por todos os lados: nas revistas de decor, nos blogs, no Pinterest, no Instagram, nas lojas. Mas nem todo mundo faz a mesma leitura daquilo que está em alta, e você verá a mesma coisa contextualizada no ambiente de maneiras diferentes.
Exemplo: cabideiro Hang It All, Eames. Tem quem ponha atrás na porta, em quarto infantil, no hall de entrada. Aqui em casa, ele fica no meu quarto, entre o espelho e o quadro que eu pintei, munida com as lembranças e sensações da viagem que fiz ao Peru.
APROVEITE PARA CONHECER NOVAS COISAS E/OU POSSIBILIDADES
Se não fosse a tendência, confesso que não sei se conheceria o casal Eames. Provavelmente não. E não saberia que amo esse cabideiro da foto acima, e a cadeira branca da primeira foto.
Muitas vezes, a gente só descobre que um determinado produto existe quando ele está em alta. Então fique ligado! Já conhecia o produto que está pipocando por todos os lados? Se a resposta for não, aproveite a oportunidade para pesquisar mais sobre ele.
NEM SEMPRE A NOVIDADE É UM PRODUTO NOVO
Às vezes é uma releitura ousada de algum móvel ou uma parede. Um exemplo clássico são as "meias" nos pés dos móveis, feitas com tinta ou crochê. Esse tipo de novidade tem uma grande vantagem: em geral, é facilmente reversível, o que te dá o direito de arriscar e se arrepender. Olha que bacana: é muito bom quando temos a possibilidade de experimentar coisas novas, sem medo de errar, não é?
Eu aderi às "meias" com fita dupla face e barbante durante uma edição antiga do DIY Coletivo. O dia que eu me cansar, é só arrancar e estará tudo ok!
Uma vez assisti uma palestra que falava sobre preconceito. Lá eu ouvi uma coisa que achei muito interessante: o preconceito começa no medo. Medo do desconhecido, medo do diferente. Podemos transportar isso para a decoração. Quando vemos algo muito diferente do que estamos habituados, nós tendemos a estranhar, e ter preconceito por medo de errar ou então, pelo medo do julgamento alheio.
Aproveite a overdose de imagens daquilo que está em alta para te ajudar a exorcizar o medo. Assim, você abrirá sua mente para possibilidades com as quais você poderá se identificar.
DESCUBRA DO QUE VOCÊ REALMENTE GOSTA
O lado bom ter termos várias imagens ao nosso alcance é que podemos ver várias releituras de uma mesma coisa, antes de testarmos em nossas casas. Às vezes não gostamos de algo num contexto, mas nos encantamos com ele em outra situação. Isso nos ajuda a definir do que realmente gostamos ou não.
A Pantone definiu que a cor desse ano é o Marsala. Consequentemente, desde o final de 2014, o que não falta são imagens de ambientes com algum elemento dessa cor. Gostei de pouquíssimas dessas imagens. Porém, as paredes do meu corretor são revestidas de um tecido adesivo vermelho, que se aproxima um pouco do marsala. E eu AMO o meu corretor. Então fica a pergunta: embora o meu tecido adesivo não seja exatamente marsala, será que eu posso dizer que eu odeio o marsala, apesar de não ter gostado de quase nada que vi nesse tom?
A Pantone definiu que a cor desse ano é o Marsala. Consequentemente, desde o final de 2014, o que não falta são imagens de ambientes com algum elemento dessa cor. Gostei de pouquíssimas dessas imagens. Porém, as paredes do meu corretor são revestidas de um tecido adesivo vermelho, que se aproxima um pouco do marsala. E eu AMO o meu corretor. Então fica a pergunta: embora o meu tecido adesivo não seja exatamente marsala, será que eu posso dizer que eu odeio o marsala, apesar de não ter gostado de quase nada que vi nesse tom?
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Marsala na decor. Imagem: Casa Abril. |
Vale a pena refletir sobre isso. Quanto mais você souber do que gosta ou não, o que dialoga com a sua personalidade, maiores são as chances da sua decoração ter a sua cara, e consequentemente, da sua casa te abraçar.
Lembre-se: decoração pode e deve ser um processo de autoconhecimento.
Eu passei a me conhecer mais quando comecei a decorar meu apê, a pesquisar o que dialogava comigo, e a me questionar porque aquilo dialogava comigo.
E você? O que pensa das tendências? Vamos conversar! ;)