Vocês sabem que eu adoro mostrar um xereta para vocês. Mas fico empolgadíssima quando o ambiente é pouco - ou nada- convencional e de uma maneira tão simples. Aquele tipo de ambiente que todo mundo poderia ter se não tivesse medo de ousar.
Assim é a cozinha da Sanelly: nada convencional, com um quê de casa de boneca. Cara de boneca de pano feita pela vovó, não de Barbie.
Bora? Sinta-se convidado!
Dica 1: Tinta nas paredes e no azulejo. Esse apê é alugado, então, casa alugada não é desculpa. Quando for se mudar é só voltar para a cor original. Se enjoar, é só mudar a cor.
Dica 2: Para ficar mais divertido, use duas cores. O segredo para não ficar escuro e cansativo é pintar meia parede e deixar o resto com o branco.
Dica 3: Contact faz milagres. Repare nos armários. Se preferir estampado, escolha um que converse com a decoração.
Dica 4: Para quem não tem móvel planejado, prateleiras podem fazer bonito. Deixe expostos objetos que fazem um visual interessante como canecas, panelas de barro, latas, temperos e livros de receita.
Dica 5: se jogue nos mimos. Eles levam amor e personalidade ao ambiente. Me diga, essa cozinha seria a mesma sem as galinhas d´Angola?
Ó a dona da cozinha:
E então, conseguimos te convencer a transformar a sua cozinha num ambiente mais amado?
Eu moro num quarto e sala e tenho um corredor mínimo. Não dava para colocar
nada ali. Mas vocês já devem ter percebido que eu acredito no poder dos
cantinhos e que eles também merecem atenção e carinho. Mas e aí, como faz? É só
recorrer ao velho segredo dos ambientes pequenos: investir nas paredes.
Como sou museóloga e pós graduada em fotografia, além de ter feito alguns
cursos de arte, tenho muitos amigos fotógrafos e artistas, tive a ideia de
fazer uma galeria de arte em casa. O corredor se revelou um lugar perfeito,
pois além de ser um lugar "perdido", fica longe das varandas, ou
seja, recebe menos iluminação natural, o que favorece a durabilidade das obras
(falou a museóloga, rs).
Curioso? Dê um play no vídeo abaixo. Se preferir, pode assistir no youtube
também.
Que mais?
- Certifique-se de que seu estilete esteja bem afiado, para obter melhor acabamento. Falo por experiência própria, porque o meu não estava lá essas coisas.
- Eu usei tecido adesivo para forrar as paredes. Talvez o correto fosse impermeabilizá-lo com cola, mas eu gostei tanto da textura, que preferi deixar assim. É gostoso passar a mão (sabe a beleza do tato? Pois é!).
- O tecido adesivo é da Flok. Eu encomendei os rolos na loja física da Amarelo Factum.
- O tecido adesivo pode ser substituído por tecido comum, contact ou papel de parede.
- Para montar a galeria, coloque os quadros no chão e vá arrumando até chegar a um jeito que te agrade.
- É preferível contar com ajuda. Minha mão amiga foi a Joyce, a mesma que fotografou e filmou parte do processo.
Os artistas
Duda Magalhães: trabalha mais com teatro, mas também fotografa e já expôs.
J. Borges: artista pernambucano nascido na cidade de Bezerros. Começou com a literatura de cordel, e para estampar seus textos, passou a fazer xilogravuras. Aqui fala um pouco sobre ele, mas se jogar o nome no google, você encontra bastante informação.
Quando eu fui a Pernambuco nas férias, peguei autógrafo e tirei foto com essa fofura. Não podia perder a oportunidade, né?
J. Borges e eu, no Memorial J. Borges. Agosto/ 2013.
Juliana Amado: a foto que vocês viram do chapéu é de minha autoria.
Julio Andrade: fotógrafo que estudou comigo na pós graduação. Não achei o site dele, mas o link do perfil dele no facebook é esse aqui. Se eu conseguir o site depois, atualizo o post.
Mauro Domingues: arquivista que também estudou comigo na pós graduação. Tem uns trabalhos fotográficos muito interessantes, sobretudo em p&b. Também trabalha com digitalização de acervo. Para conhecer mais o trabalho dele, clique aqui.
Ricardo Visentin: fotógrafo, cujo trabalho conheci através da Vivi, do Decorviva. Escolhi a foto que eu queria através de um catálogo, aqui.
Ryanddre Sampaio: museólogo que está estudando artes aplicadas. Tenho um carinho enorme pelo desenho dele, porque foi feito especificamente para mim, no meu primeiro período da faculdade. É um frango com a indumentária do século XVI e tem uma dedicatória linda.
Tomaz Silva: fotógrafo que foi da minha turma da pós. Da mesma forma que o Julio, não consegui o site dele, atualizo o post assim que conseguir.
Willa Wischansky: é minha sobrinha e quando percebi que ela estava tomando gosto por desenhar, dei a ela um livro com técnicas de desenho. E disse que queria um trabalho dela aqui em casa. Ela foi lá e fez. Ok, foi um pedido meu, mas ainda assim, como não amar?
Gostaram?
Qualquer dúvida é só deixar nos comentários que eu respondo com o maior prazer.
No final de novembro e início de dezembro, as pessoas começam a decorar suas casas para o natal. Alguns se empolgam e montam aquela árvore enorme, cheia de enfeite e cacareco. Outros se contentam com um bibelô. Mas o fato é que a grande maioria entra na dança, de uma forma ou de outra.
Eu particularmente não sou fã dos pinheiros tradicionais. Prefiro árvores alternativas e decorações divertidas. Pensando nisso, saí à caça de PAPs e inspirações interessantes para quem ainda não deu as boas vindas ao mês de dezembro.
Sou virginiana. Em alguns aspectos, acho que tenho a cara do signo. Mas quando se trata de organização... cof cof.. sai de perto! Tá certo que eu não sou a pessoa mais bagunceira do mundo, e as visitas jamais viram a minha zona (salvo aquelas que já são de casa). A minha bagunça sempre foi do tipo que dá para varrer para debaixo do tapete - de catar tudo e tacar dentro do armário. Me lembro da minha mãe dizendo: "JULIANA! Seu quarto está me fazendo mal!" rsrs. Daí eu ia lá e varria a bagunça pro armário e para as gavetas.
Saí de casa e não mudei muito. A sala, até que eu mantinha maior parte do tempo arrumada. O banheiro e o quarto - sobretudo a área de trabalho - sempre foram meu maior problema. Daí, acompanhando blogs que abordam organização, principalmente o Organize sem Frescuras! e o Tu Organizas, descobri que arrumação e organização são coisas diferentes. Minha mãe é arrumada, então as coisas para ela funcionam com arrumação. Mas eu sou zoneada e só arrumar nunca daria certo, que logo depois eu desarrumaria de novo, que aliás, foi o que sempre aconteceu. Eu preciso de organização, ou seja, de critério.
Com a Rafa, do Organize sem Frescuras!, descobri o poder das caixas organizadoras. Em agosto, entre uma viagem e outra, resolvi fazer o primeiro teste, com os meus esmaltes. Ó só como ficou!
Antes, eles ficavam dentro dessa bolsinha vermelha, o que não favorecia a visualização das cores que eu tenho e alguns que iam ficando no fundo, eu acabava usando bem menos.
Quando eu vi que os esmaltes deram certo e eu não os baguncei de novo, fiquei animada. Mas meio que parei por aí.
Com o passar do tempo, eu fui percebendo que precisava fazer meu tempo render. Para trabalhar fora oito horas por dia, cuidar do blog, estudar, escrever, desenhar, pintar, ler. E estava impossível! Sempre fui uma leitora voraz e o número de livros lidos esse ano caiu drasticamente. Também desenhei e pintei muito menos. Foi então que eu percebi que perdia um tempo precioso guardando coisas que eu tinha deixado espalhadas pela mesa, ou procurando objetos perdidos nas gavetas.
Fora que eu sempre tive o incentivo da Rafa, seja com os posts ótimos dela, bem como com os elogios carinhosos que ela sempre faz quando vê foto de algum canto arrumado por aqui.
Então, resolvi começar MESMO. Comprei zilhões de caixas organizadoras e fui colocando em prática o que tinha aprendido. Não é a organização de um personal organizer, mas para uma zoneada, até que eu acho que não estou indo tão mal...
Bandejinha na bancada: nesse caso, não é para não perder as coisas, o efeito é mais visual.
Gavetas do banheiro: todas seguiram mais ou menos o estilo da foto abaixo. O que eu uso mais fica na caixa da frente e o que é de uso esporádico, na caixa de trás. Não tem foto do antes, Juliana? Tem não gente... se eu colocasse aqui, vocês sairiam correndo e ligariam urgente para a equipe do Santa Ajuda. hehe. Tenho coragem não!
Gavetas da escrivaninha: eram o meu maior problema. Foi justamente aqui que tive mais trabalho. Não está muito bonito visualmente, mas pelo menos, estou conseguindo achar as coisas e colocá-las de volta nos seus devidos lugares.
Acessórios: Os colares e os brincos ficavam numa caixa, o que caía no mesmo problema dos esmaltes : dificultava a visualização. Daí arrumei ganchos adesivos para os colares e os pendurei na porta do armário, e usei forma de gelo para os meus brincos. Quanta diferença! São muitos brincos e estava fogo achar os pares na caixinha, tudo junto e misturado.
Caixa decorada: ganhei essa caixa da minha prima, e achei muito linda. No primeiro momento, não sabia o que guardar dentro dela. Como não é grande, resolvi usar para guardar o termômetro e os pouquíssimos remédios que tem aqui em casa.
Ainda há um longo caminho a percorrer, mas acho que já é um bom começo. E o mais legal é que quando a gente organiza, é mais fácil manter a casa arrumada e a decoração se sobressai. Como eu já disse aqui uma vez, casa não é coisa para inglês ver... então eu estou achando super bacana conseguir apreciar melhor a decor do meu apê. ;)
E vocês, já colocaram em prática essas dicas em casa? Ou mesmo, outras dicas que tenham aprendido nos blogs de organização e que eu não citei? Têm algum critério que criaram sozinhos? Compartilhem com a gente?
Dedico esse post à Rafa, pois sem ela, eu não teria chegado até aqui.
Alguém aqui lembra de quem foi o veterano que encheu a sua cara de tinta e te levou para pedir dinheiro na rua? Eu lembro. Lá se vão mais de oito anos, mas não tem como me esquecer daquele dia em que fui pega no trote e fui pedir dinheiro na Praça Saens Peña com a supervisão do Bê. Porque foi ali que surgiu uma bonita amizade. De muita zoação, comida japonesa, joguinhos pela madrugada até eu "tombar, feito um patrimônio histórico", e até umas bronquinhas quando necessárias.
Mas ao mesmo tempo que a museologia me presenteou com amigos incríveis, ela mandou alguns deles para longe de mim. O Ry foi o primeiro (veja a casa dele aqui e aqui). O Bê foi para Brasília pouco tempo depois. E é essa casa brasiliense que está no xeretando casas alheias de hoje.
Quando eu recebi as fotos, fiz umas perguntas, vou manter o máximo possível as palavras do Bê na íntegra.
Manta do sofá: " Foi feita pela minha madrinha, Marcia Lorena, que junto com a minha mãe é dona do Atelier RoLo Arteiras. Minha mãe trabalha mais com bonecas e dá workshops e minha madrinha faz mais trabalhos com patchwork. "
Quem quiser conhecer mais o trabalho delas, é só clicar aqui.
Mesinha lateral, feita com tronco: "É um banco, na verdade. Eu e Juarez que o fizemos de mesa de canto para por o abajur. Acho que deu um tom rústico. "
Quadro: "É da artista naif Lourdes de Deus. Ela é de Goiânia. A Lourdes, junto com o marido dela Waldomiro de Deus, são dos mais conhecidos artistas naif do Brasil, atualmente. Eles fizeram uma exposição aqui no Museu Nacional dos Correios com a venda dos quadros. E eu comprei esse pela delicadeza das flores. Esse quadro vai mudar de lugar. Ele na verdade tinha acabado de ser comprado quando Juarez tirou a foto. Estamos pensando se botamos acima da cama ou acima do sofá, rs."
Ai gente, me derreti. Para quem não sabe, adoro arte naïf e este foi o tema da minha monografia de graduação.
Puffs: "Os puffs são de uma artista chamada Ana Maria. Ela é daqui de Brasília. São peças únicas que eu ganhei da minha prima Sonia."
Matrioskas: "Um dos países que eu tenho mais adoração de cultura é a Rússia. As matrioskas são bonequinhas que na verdade, além de remeter à cultura russa que me chama atenção, elas são as matriarcas das famílias russas. Essa coisa me faz lembrar de três pessoas extremamente importantes na minha vida e que estão longe: mãe, vó e madrinha, que de certa forma são as matriarcas na minha família ne?!"
Livros e Catálogos: Uma marca sua: Frida Khalo. Tem alguma do Juarez aí?
"O Juarez na verdade não tem uma marca específica. Na verdade eu deixo ele livre para criar as organizações em casa. O que ele curte muiiiiito e que toda vez que tem ele traz algo é o Cirque du Soleil. Então na mesinha tem os catálogos do Varekai e do Corteo. Flores tb. Sempre tem porque ele gosta de ter em casa!"
Cafeteira e bebidas: "Eu ammmmmmoooooooooo café. Essa cafeteira ganhei de casamento da minha mãe. Juarez não gosta não. Então essa parte da cafeteira e das bebidas é território meu. E dentro do armário tem também narguilé. Então é uma coisa meio cult-boêmio."
Cozinha: Porque cozinha também merece amor, né? Nada como panelas divertidas e um divino espírito santo feito pela mãe do Bê com CD velho. Ó o reaproveitamento aqui, gente!
Fotos: Juarez Galdino.
Escritório: o Bê não disse no e-mail, mas eu sei que os pinguins são dele! hehe. Me lembro deles, no apê do Rio. Achei a mesa bem organizada e clean, do jeito que eu não consigo manter a minha (que é cheia de tintas, pincéis, lápis, tesoura, estilete e por aí vai...).
Os donos da casa:
Essa foto abaixo é da nossa colação de grau, em 2009. Numa época que já sabíamos que a museologia costuma levar nossos amigos para longe, mas ainda ignorávamos quem iria para onde... e pouco tempo depois, estávamos todos com vida nova, casa nova.
Saudades do Bê. Saudades desse abraço!
Está vendo o menino de camisa listrada aí atrás? É o Ry, que também se formou com a gente. ;)
Foto: Ana Morena Capute. Edição: Juliana Amado.
Acho que quem gosta um ambiente mais clean curtiu o xereta de hoje que é bem diferente dos anteriores, né?
O mais importante está aqui e em todos os xeretas: sua casa tem que ter a sua cara, a sua marca. Contar a história dos moradores.
E você? Encontra seus gostos e suas histórias espalhados pela casa?
Vocês já sabem que quando faço alguma compra virtual, gosto de vir aqui compartilhar minha experiência. Mas o relato do post de hoje é muito especial.
Quem é rato de blog deve conhecer o Dona das Coisinhas, da Zilah. Um blog cheio de amor e coisinhas fofas. Recentemente, a Zilah abriu uma loja virtual, a Toda Coisinha. A lojinha é linda, gente! Não resisti! E aproveitei que o meu chaveiro estava mais pra lá que pra cá e escolhi um de câmera fotográfica. Se eu defendo que a minha casa tem que ter a minha cara, porque meus acessórios e meu chaveiro não deveriam ter?
Nessa compra especificamente, eu tinha certeza que não levaria calote. O que poderia acontecer, seria um problema nos Correios, mas isso seria perfeitamente resolvível, já que a loja manda por e-mail o código para rastrear o produto. Aliás, achei essa parte super organizada, do nível das lojas grandes, sabe? Recebi e-mail de confirmação de pagamento, avisando da postagem com o código de rastreio e o final, dizendo que o produto tinha chegado ao endereço informado.
Eu sabia que a Zilah é fofa, caprichosa, mas confesso que não esperava essa produção toda da embalagem, cheia de carinho e com um ar tão artesanal. Tive até pena de abrir! rs. Vou parar com blá, blá, blá. Veja com seus próprios olhos!
Acredita que esse chaveirinho tem flash? É só apertar nesse botãozinho aí, ó. Sim, eu "tô toda coisinha" com o meu chaveirinho novo!
Lá na loja tem coisas para casa também. Tem descanso de copo, paliteiro, objeto de decoração, bandeja. E tem acessórios para quem gosta de fotografia viagens e faça-você-mesma, tipo...eu!